quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Resenha: Sombra e Ossos - Leigh Bardugo

Título original: Shadow and Bone

Editora: Gutenberg
Edição: 2

Ano: 2015
Páginas: 288

Publicação original: 2012

Tradução: Eric Novello 
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Minha nota:
MUITO BOM









Ravka é onde se passa a história. O país é dividido por um território sombrio chamado Dobra das Sombras, ou Não Mar, onde nada é capaz de sobreviver e criaturas estranhas chamadas volcras se alimentam dos humanos que ousam atravessar sua extensão. 

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O rei conta com a ajuda dos Grisha – soldados do segundo exército e mestres da pequena ciência – para encontrar e treinar crianças que tenham o poder de lidar com os elementos, segundo sua hierarquia (Corporalki, a ordem dos vivos e mortos; Etherealki, a ordem dos conjuradores e Materialki, a ordem dos fabricadores).

Aqueles sem nenhuma habilidade especial vivem como meros soldados e camponeses. Alina Starkov costumava ser uma dessas pessoas. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. 

Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.

A partir disso, é arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir a Dobra das Sombras. Mas nesse extravagante mundo nada é o que parece.

COMENTÁRIOS

Narrado em primeira pessoa sob a perspectiva de Alina, o livro nos apresenta a um universo que tem como referência a Rússia. A história é bem construída e criativa. A escrita de Leigh Bardugo é descritiva e detalhada, sem ser cansativa. Pode levar certo tempo até que possamos entender como funciona esse mundo Ravka, mas tudo vai ficando cada vez mais claro e instigante. 

Um fato interessante tratando-se de mais um livro de fantasia com uma personagem feminina no papel de heroína é que a Alina não é irritante, senti até certa simpatia por ela. Apenas seus leves devaneios sobre Maly causam desconforto, mas o amor é algo que sempre vai existir na maioria das histórias.

Falando nisso, a trama nos dará um triângulo amoroso e nos surpreenderá muito sobre quanto a quem devemos confiar. Acredito que isso será explorado em outros livros, mas já tenho meu candidato preferido. Darkling ainda tem muito o que nos mostrar.

Em Os Altos a preparação Grisha me faz lembrar Hogwarts, embora de um jeito totalmente reformulado. Essa é uma leitura que vale muito a pena para quem gosta do gênero fantasia, histórias com aventura e boa trama!

CITAÇÃO

“O princípio básico da Pequena Ciência era “os similares se atraem”, mas, depois disso, ficava complicado. Odinakovost era a “inespecificidade” de uma coisa que a fazia a mesma que todo o restante. Etovost era a “especificidade” de uma coisa que a tornava diferente de todo o resto. O Odinakovost conectava o Grisha ao mundo, mas era o etovost que dava a ele uma afinidade por algo como o ar, sangue ou, no meu caso, a luz. Foi então que a minha cabeça começou a girar.

Uma coisa se destacou para mim: a palavra que os filósofos usavam para descrever as pessoas nascidas sem dons Grishas era otkazat’sya, “o abandonado”. Essa era outra palavra para órfão.” Pág.126

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