Oi Gente! Hoje eu vou falar sobre um livro, e principalmente um filme, que está bombando em toda a mídia: O Lado bom da vida (Silver Linings Playbook, título original). Como um bom leitor que sou, não poderia fazer diferente senão ler o livro antes, verdade?
Aqui no Brasil ele foi publicado pela Editora Intrínseca, é razoavelmente curto com apenas 258 páginas, e pelo crescente sucesso pode ser encontrado por R$19,90 (em promoção) em livrarias como a Saravia.
Vamos aos comentários...
Aqui no Brasil ele foi publicado pela Editora Intrínseca, é razoavelmente curto com apenas 258 páginas, e pelo crescente sucesso pode ser encontrado por R$19,90 (em promoção) em livrarias como a Saravia.
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RESENHA
O livro conta a história de Pat Peoples (Bradley Cooper), um homem prestes a completar 35 anos que acaba de sair de uma Unidade Psiquiátrica em Baltimore por um motivo desconhecido. Ele sofre de transtorno bipolar e o enredo gira em torno do reencontro dele com a esposa Nikki.
Depois de sair do “lugar ruim” como ele mesmo diz, Pat tenta retomar sua vida criando um manual interno de tudo que tem que fazer para reconquistar a mulher e ser tudo aquilo que ela sempre quis; e daí que vem o título, já que em Baltimore ele aprende a enxergar o lado bom das coisas.
“Ele não entende Tiffany e com certeza não me entende, mas não digo isso para Ronnie, porque estou praticando ser gentil em vez de ter razão, de modo que Nikki possa me amar de novo quando acabar o tempo separados.” p.67
Toda sexta-feira ele vai a terapia, e ao contrário do seu antigo médico ele encontra em seu terapeuta Cliff um novo amigo. Passa a ler os livros que Nikki recomenda a seus alunos de Literatura; é mais gentil com as pessoas e encontra na malhação e na corrida uma maneira de escapar da ansiedade diária.
É justamente essas corridas que o aproxima de Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher espontânea, sarcástica, séria e um tanto divertida que esconde a fragilidade causada pela perda do marido. Assim como Pat, faz terapia e todos a consideram como “um parafuso a menos”.
“[...] Parece diferente de todas as outras pessoas que conheço — ela não consegue fingir aquela expressão feliz que os outros fingem quando sabem que estão sendo observados. Ela não precisa fingir comigo, o que me faz confiar nela, de certa forma.” p.102 (Pat sobre Tiffany)
Vamos descobrindo aos poucos qual o motivo de Pat ter passado não meses, mas anos na Unidade Psiquiátrica, que crime possivelmente ele cometeu, por que ele perdeu o emprego, a casa e acima de tudo: Por que ele não se lembra de nada disso.
A relação familiar é bastante explorada, sua mãe é um amor de pessoa e o pai terrivelmente ausente. Além disso, há a interação com seus velhos e novos amigos e a maneira que ele encara a vida. Tudo isso, estando distante da antiga mulher! Mas até onde Nikki fica e Tiffany entra na vida de Pat? De que maneira um faz companhia ao outro e se tornam amigos?
"— Seu pai está fazendo um esforço, Pat. Mas eu não faria muitas perguntas se fosse você. Aceite o que ele lhe dá e fique feliz. É o que devemos fazer, certo?" (A mãe e Pat conversando, p. 72)
"— Seu pai está fazendo um esforço, Pat. Mas eu não faria muitas perguntas se fosse você. Aceite o que ele lhe dá e fique feliz. É o que devemos fazer, certo?" (A mãe e Pat conversando, p. 72)
O livro é basicamente comportamental e subjetivo, se você procura por romance, aqui você não encontrará nada de clichê. Adiantando um pouco para o final me pareceu bem vida real mesmo, sem muita utopia. Afeiçoei-me bastante com Pat, embora muitas vezes tenha me dado nos nervos o comportamento passivo, positivista e ingênuo dele.
BOM |
Como curiosidade abaixo você ver as diferenças entre a capa original e a adaptada:
FILME
O que eu posso dizer do filme foi que as mudanças no roteiro e o final "previsível", o tornaram perfeito. O livro é meio monótono por narrar apenas a visão de Pat e ele mais pensa do que diz aquilo que está sentindo. Na telona vemos ele agindo, interagindo com os outros personagens e mostra a perspectiva de todos eles, o que é muito bom.
Se já era fã do Bradley Cooper antes, sou mais gora. Ele conseguiu caminhar entre a comédia e o drama na maior facilidade. Para quem não sabe ele foi um dos indicados ao óscar de melhor ator por esse trabalho, mais que merecido!
Jennifer Lawrence fez jus ao papel que lhe foi dado. Deve ter sido difícil para ela ter essa introspecção por que na vida real ela é muito espontânea e atirada. Gostei da atuação, embora não tenha visto tanto potencial que merecesse a estatueta do óscar como melhor atriz.
Robert De Niro. No filme, o pai de Pat foi bem explorado e totalmente alterado, não mostrou a linha ranzinza dele ou que ele não mantinha o menor contato com o filho. Reinventaram o personagem!
Jacki weaver como mãe de Pat foi uma graça de atriz. Durante a leitura era justamente ela que vinha a minha cabeça. O que sugere que ela passou a essência da verdadeira história.
[SPOILERS para quem quer ler o livro]
No livro, isso ocorre no meio da história e o desfecho se resume a volta da memória de Pat e se ele irá perdoar ou não Tiffany pela mentira - grave! - que ela criou.
EM RESUMO
Tudo aquilo que me faltou ver no livro, encontrei no filme. Em minha opinião ambos se completaram e cada um atendeu a um determinado público a seu modo. Não deixem de vê-lo, está muito bom.
Moral da história: Um final feliz sempre vende e , às vezes o que esperamos da vida é justamente isso, um pouco de clichê.
Vejam a matéria da Editora intrínseca - A BIBLIOTECA DE PAT PEOPLES e aumente sua estante com os clássicos mencionados no livro!
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