segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Quantidade versus Qualidade: O que define algo como bom?

10 Comments


A ideia desse post surgiu ainda esse mês após algumas frustrações e incongruências que percebi se aplicar tanto na blogosfera literária como em nossa vida cotidiana, seja nos estudos ou no trabalho.

A avaliação mais efetiva para qualquer coisa hoje é feita por números, mas seria essa a avaliação mais precisa? A mais segura e confiável quanto a qualidade de quem o executa?

Partirei do princípio dos blogs. Há pouco tempo me encontro por aqui e já pude perceber tantas coisas... Num lugar onde as pessoas deveriam expôr suas opiniões e trocar ideias com seus leitores, nos deparamos com aquelas que querem apenas números.

Estão vendo essa barrinha lateral intitulada de "Seguidores"? É disso de que tanto se fala e pelo que tanto se "briga" atualmente. Pergunto-me qual o sentido de pedir a alguém que siga seu blog sendo que você seguirá de volta; a intenção não seria a busca de bom material? Não seria acompanhar páginas com que nos identificamos e queremos conhecer mais dali em diante?

Pois é, confesso que já me deparei - nas divulgações que fazia e ainda faço do blog - com alguns que diziam 'Sigo o seu, você me segue de volta?', naquele momento me sentia corrompido, se a pessoa quer números que assim o seja, sigo sim de volta mas isso não garante que voltarei naquele espaço caso não me agrade. Bem como não posso proibir ninguém de segui o meu cantinho.

Partindo desse quesito me senti exaurido, cansado dessa troca injusta de informações, tanto é que parei de divulgar os posts em grupos do Facebook. Não me entendam mal, não estou aqui para criticar quem o faça, só não entendo o motivo por detrás dessa busca incessante por números. E como diria Mahatma Gandhi Seja você a mudança que deseja ver no mundo”, tento empregar esse contexto em minha rotina.

Tenho vontade de ser o típico cidadão que não faz esforço para ser notado que, se aquilo que faz for de importância para os outros e de boa qualidade, logo chegará um bom retorno e a notícia e conhecimento passarão a diante.

Na mesma vertente temos a escola. Quantas vezes não vemos aquele aluno dedicado, assíduo que estuda por horas a fio, mas chegando no momento da prova não tira uma boa nota, ao contrário daquele que só chega atrasado, falta as aulas, conversa, é desatento e esnobe quanto a matéria? Isso é bem cabível de acontecer e vos pergunto, um número define qualidade? Sem dúvida é uma forma de qualificação, mas seria esta a mais precisa?

Os educadores sabem identificar essas nuances e estão sempre em busca de avaliar seus alunos de uma outra forma em complemento a esses testes taxativos e numéricos. Passando para os blogs literários, as editoras são nossos "professores" e a leitura parece perder o sentido em detrimento de boas notas (Seguidores) onde serão aprovados os alunos que tiverem a maior "qualificação" (ou seria quantificação) possível.

É caro leitor, você pode ou não conhecer os bastidores que acontecem por aqui mas essa é uma realidade que não deixa de nos alcançar à vida real. Você que estiver lendo pode se enquadrar em algum desses casos e se sentir ofendido ou mesmo justiçado, peço desculpas e que releve meu relato caso assim for. Ou ainda, devo dizer, esse texto pode não ser lido por inúmeras pessoas. O que importa para mim - em primeiro lugar - é a qualidade naquilo que faço, em passar com verdade e clareza aquilo que escrevo nesse pequeno blog.

Mas o que é qualidade para você? Quantidade é sinônimo de qualidade? Para mim não. Para mim são termos totalmente diferentes, nem sempre estarão ligados (mas pode acontecer que sim!). Qualidade é um conceito subjetivo que vem do latim qualitate, segundo o dicionário Michaelis é: "Atributo, condição natural, propriedade pela qual algo ou alguém se individualiza, distinguindo-se dos demais; maneira de ser, essência, natureza."

Deixo claro que quem escreve, quer ser lido isso é óbvio, mas o que questiono é a maneira com que isso é feita e avaliada. Aplico também às nossas vidas pessoais e pergunto se estaria correto definir a natureza ímpar de um individuo por um único número e, a partir disso, diferi-lo dentre os demais.

Personagem infantil Doug, que me inspira desde a infância

Fui muito prolixo em meu monólogo? Deixe um comentário que expresse sua opinião sobre o tema ou que responda algumas das perguntas abordadas. Vamos dialogar a partir de agora.

Comente com o Facebook:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...