quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Resenha: Jardim de Inverno - Kristin Hannah

Título original: Winter Garden

Editora: Novo Conceito 
Edição: 1

Ano: 2013
Páginas: 416

Publicação Original: 2010

Tradução: Sylvio Monteiro Deutsch
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Sinopse: Meredith e Nina Whiston são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. No entanto, com a doença de seu amado pai, as irmãs encontram-se novamente, agora ao lado de sua fria mãe, Anya, que, mesmo nesta situação, não consegue oferecer qualquer conforto às filhas. A verdade é que Anya tem um motivo muito forte para ser assim distante. E para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs Whiston deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história. Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade tão terrível que mudará tudo o que elas pensam que são.

ENREDO

A família Whiston não é nem um pouco convencional. Com duas irmãs que mal se vêem e uma mãe que não se comunica ou sequer olha nos olhos das filhas, o que resta a essas mulheres é o amor de um pai e marido que sempre esteve presente para mediar esse convívio.

Meredith, a filha mais velha, com o passar dos anos preferiu ficar em casa para cuidar dos filhos e da família. Enquanto Nina, sempre aventureira, seguiu seus sonhos e viajou o mundo para tornar-se uma fotojornalista famosa, que captura cenas peculiares sobre a existência da humanidade.

O que faz essas irmãs se unirem novamente – algo que não acontecia desde a infância, depois de uma peça teatral que acabou de uma forma desastrosa – é a doença do pai, que as deixa ao lado de sua fria mãe, Anya, que não oferece qualquer conforto ou emoção mesmo num momento como esse.

Contudo, o verdadeiro motivo para Anya ser assim é uma comovente história de amor que se estende por mais de 65 anos entre a gelada Leningrado da Segunda Guerra (a atual São Petersburgo) e o não menos frio Alasca. Para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história, que as meninas sempre ouviram sob a forma de um conto de fadas.

Assim, Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade que mudará tudo o que elas viveram ou pensam que são.

COMENTÁRIOS

O livro tem uma cronologia ampla e cíclica. Começa em 1972 com Meredith e Nina ainda crianças. Salta 28 anos no tempo para o ano de 2000 e finaliza a história 10 anos depois com um desfecho emocionante. Sem contar os retrocessos que Anya faz contando sua história de vida e tudo que passou antes das filhas nascerem.

A princípio a história pode parecer morna. Afinal, assistimos as frustrações e dramas do cotidiano de uma família. Somos expectadores de uma história melancólica, onde essas três mulheres são distantes umas das outras, sabem como podem mudar a situação, mas não o fazem. Algo que torna difícil se afeiçoar a alguma delas.

A vida tratou de deixar Meredith amarga, fria e metódica. E Nina, talvez, tão indiferente quanto a mãe, já que em sua vida despojada e livre, não  parece se importa com problemas, canalizando tudo nas fotografias. Anya é a pior de todas, ao ser impassível e parecer não sentir nada pelas filhas.

Até que, o conto de fadas acontece. As melhores partes do livro são essa história, que inicia num faz de conta para depois se mostrar uma fábula da guerra em Leningrado, fato que realmente aconteceu e a mãe esteve presente.

É através dessas narrações que entendemos as pontas soltas da história, ficamos curiosos para tentar combinar o passado de Anya com o presente, e emocionados com todo o sofrimento e amor vivido por essa complexa personagem russa.

Sendo assim, além de um novelão sobre dramas familiares, Jardim de Inverno traz também ensinamentos sobre a guerra, a dor, a perda e o amor. Fica a dica de um ótimo romance que pode abalar o coração daqueles leitores mais sensíveis e que curtem histórias emocionantes.

ÓTIMO

CITAÇÕES 

“[...] mas havia aprendido uma ou duas coisinhas nos meses desde a morte de Papai. Cada escolha mudava a estrada pela qual se seguia e era fácil demais terminar indo na direção errada. Às vezes, se estabelecer podia ser apenas desistir.” Pág. 273

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