terça-feira, 22 de agosto de 2017

Quanto tempo você tem?



Tempo. 
Tempo. 
Preciso de mais tempo. 
Estou sem tempo...

Estamos sempre à procura desse momento que acabou de passar - o instante é o agora - e sempre conseguimos um jeito de desperdiçá-lo.


Vivemos sobre demanda. 
Fazemos o que está ao alcance. 
Não paramos para pensar - no sentido do refletir - pois temos que pensar rápido, afinal, não temos tempo.

Deixamos de estruturar, paramos de programar. 

Porque parece que o planejar diminui o tempo da prática, que acaba sendo feita de modo mecânico. Aquele tempo que antes pensávamos não ter se multiplica à medida que envelhecemos, mas não vimos o tempo passar.

Tão contraditório. 
Tão dicotômico. 

É como se vivêssemos num constante estado de torpor e, entre um sono e outro, despertássemos por leves minutos para nos darmos conta de quanto tempo foi perdido e de como deixamos de fazer o prometido. 

O "amanhã". 
Aquele "depois eu faço". 
Certo "Em breve".
Outro "Um dia". 

A grande pergunta é: se não temos tempo para fazer tudo que almejamos, onde estamos gastando nosso tempo?

Ele.
O bem mais precioso. 
O não reutilizável. 
O instante-agora que acaba de ir.
Tempo.



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