O Repasse Literário é um concurso cultural, onde o Clube do Livro Sergipe irá fornecer um livro a um participante previamente sorteado, estimando um determinado tempo de leitura, o qual será entregue a uma nova pessoa e assim sucessivamente. 3 leitores serão sorteados por mês . Ao final, cada um escreverá uma resenha. Aquela que for a mais criativa, segundo a equipe por meio de votação, será publicada no blog de todos os Administradores do Clube, além do leitor levar o livro para casa!
“E, assim prosseguiremos, barcos contra a corrente, incessantemente atraídos para o passado”. (Trecho do livro que consta na lápide de Francis Scott Key Fitzgerald)
Falar deste livro não é nada fácil. Estou há quase três dias buscando palavras para descrever minha experiência com esta leitura e ainda me faltam adjetivos cabíveis, porém, acredito que uma palavra encaixa-se perfeitamente na situação: original.
De todos os livros que li este é o que mais se diferencia, tanto pela linguagem utilizada na narrativa quanto pela história em si. O autor, F. Scott Fitzgerald, abusa de termos que considero um tanto “dramáticos e extravagantes” como os citados no seguinte trecho: “(...) e a poeira asquerosa que flutuava no rastro dos seus sonhos que trancaram temporariamente meu interesse pelos abortivos sofrimentos dos homens e pelos seus júbilos pouco arejados.” (Cap. 1 – pág. 9), porém, apesar de toda essa pompa e circunstância, a leitura flui muito bem e como o livro é curto (a edição que li possui apenas 117 páginas) o leitor mal percebe quando chega ao fim.
Toda a narrativa é contada através dos olhos de Nick e os fatos se passam no verão de 1922 em Nova York e no litoral de Long Island. Nick Carraway, um homem bastante reservado, muda-se para West Egg com o intuito de aprender o negócio da família (a venda de títulos). Sua casa, como ele mesmo fala, “ficava espremida entre mansões enormes” e o dono de uma dessas mansões era o famoso Jay Gatsby. Em East Egg, do outro lado da baía, morava a prima de Nick, Daisy Buchanan e seu marido jogador de polo, Tom Buchanan. Gatsby promovia festas colossais em sua mansão e no desenrolar da história descobrimos o porquê de toda essa folia. Ele e Nick iniciam uma amizade que mostra-se fundamental, especialmente no fim do livro e... Não contarei mais nada, pois espero que vocês procurem esse livro e leiam. ;D
F. Scott Fitzgerald escreveu uma história como forma de crítica ao popular “sonho americano”, onde todos desejavam ser ricos e da alta sociedade, às extravagâncias e exageros presentes no cotidiano de tais pessoas, também aborda temas como a Primeira Guerra Mundial, o contrabando de bebidas característico na época e sem deixar de fora a luxuosa “Era do Jazz”.
Recentemente li uma frase na internet e agora percebo como ela resume perfeitamente a história do livro: “Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre que só tem dinheiro”. Leiam para descobrir porque estou falando isso.
Sendo este um dos melhores livros que li, arrisco afirmar que O Grande Gatsby não era o livro que eu queria e muito menos o livro que eu imaginava, mas com certeza foi o livro que eu precisava.
por Gabriella Melo.
***
Essa foi a segunda edição do nosso concurso cultural, mais uma vez resenhas de ótima qualidade que falam sobre um clássico muito bom. O Clube do Livro entra em recesso e retoma suas atividades em 2015. Já estamos sentindo falta.
Gente... a menina gostu mesmo né?! "foi um livro que eu precisava" adoro quando aocntecem essas surpresas, vira favorito e tal. Shame on me pois ainda não li HAHAHAHA.
ResponderExcluirAbs
A resenha foi ótima, ao nível do livro. Já passou da hora de você conhecer rapazinho. O livro é curto, mova-se! kkkkk
ResponderExcluir