Tempo.
Tempo.
Preciso de mais tempo.
Estou sem tempo...
Estamos sempre à procura desse momento que acabou de passar - o instante é o agora - e sempre conseguimos um jeito de desperdiçá-lo.
Vivemos sobre demanda.
Fazemos o que está ao alcance.
Não paramos para pensar - no sentido do refletir - pois temos que pensar rápido, afinal, não temos tempo.
Deixamos de estruturar, paramos de programar.
Porque parece que o planejar diminui o tempo da prática, que acaba sendo feita de modo mecânico. Aquele tempo que antes pensávamos não ter se multiplica à medida que envelhecemos, mas não vimos o tempo passar.
Tão contraditório.
Tão dicotômico.
É como se vivêssemos num constante estado de torpor e, entre um sono e outro, despertássemos por leves minutos para nos darmos conta de quanto tempo foi perdido e de como deixamos de fazer o prometido.
O "amanhã".
Aquele "depois eu faço".
Certo "Em breve".
Outro "Um dia".
A grande pergunta é: se não temos tempo para fazer tudo que almejamos, onde estamos gastando nosso tempo?
Ele.
O bem mais precioso.
O não reutilizável.
O instante-agora que acaba de ir.
Tempo.
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