A Não Ficção é um gênero pouco comentado em meio as resenhas da blogosfera. Histórias como essas, por assim dizer, trazem assuntos tido como factuais, sejam eles de cunho didático ou não. Hoje comento um pouco sobre esses tópicos segundo leituras que fiz recentemente e recomendo.
Sinopse: O pai de Zak Ebrahim ajudou a planejar o primeiro ataque a bomba ao World Trade Center, mas seus ensinamentos de ódio nunca atingiram o filho, um garoto tímido. Em O filho do terrorista, Ebrahim conta como um menino que cresceu num ambiente entremeado por dogmas e ódio se transformou em um homem que escolheu trilhar um caminho diferente.
Uma história real, narrada em forma de memórias, que traz a superação de ser julgado por atos cometidos por seu genitor, envolvendo crimes de inocentes e fanatismo. A vida seca contada de forma clara e objetiva. Um livro que também ensinará uma bela lição: quando você tem tudo para escolher o ódio, mas opta pela paz.
“Ninguém nunca se sentou para conversar comigo e me ensinar o que é empatia e compaixão, ou por que isso é mais importante do que poder ou o patriotismo, ou a fé religiosa. Mas aprendi isso bem no meio do corredor: eu não posso fazer o que fizeram comigo.” Pág. 95
ÓTIMO |
Skoob |
Sinopse: Vou abrir para você o meu Diário de Corredor. São histórias de motivação, superação e diversão. Quero contagiá-lo! O livro não é apenas um conjunto de relatos da minha vida esportiva. Narro um ciclo, com muitas linhas de chegada, sempre acompanhadas de outra largada. Desejo que você se distraia com algumas passagens divertidas, que aprecie algumas das lições que aprendi. Não espere grandes vitórias ou resultado diferenciado. A corrida é apenas o ambiente. Sou mais um amador esforçado, somente isso. Desempenho é o menos importante. Superei o muro do câncer e a muralha psicológica subsequente; vivi surpresas, voltas e reviravoltas, sucessos e fracassos, alegrias e tristezas. São histórias de vida, para leitores esportistas ou sedentários. Prepare-se, é hora da largada!
Esse é um livro que alcança diversos públicos. Seja os que curtem conhecer mais sobre práticas de atividade física, metas de maratona, táticas de disciplina, ou mesmo uma história de superação, sem apelo emocional mas que ensina bastante sobre como tirar o melhor da vida fazendo o que gosta e tendo o apoio familiar. Diário de um corredor, fala, além da pratica despoortiva, de música, estilo de vida, aventura e viagens. Vale a pena conferi o que Alvaro Reis tem a dizer.
“Razão e emoção em doses diversas. Correr uma maratona é abraçar inesperado. E não importa como foi a jornada, o sorriso na chegada é tão certo quanto as dores no dia seguinte. A preparação e o dia da corrida testarão sua resistência física e mental. Por isso, do primeiro ao último; em pouco mais de duas ou seis horas, somos todos vencedores. A experiência de correr 42.195 metros é marcante. A pessoa que chega é, ao menos um pouquinho, diferente da que larga. É uma experiência intensa. Ei, você! Que tem vontade, mas ainda não correu a maratona, ainda tem dúvidas?” Pág. 25
“Um bom plano tem sempre uma solução alternativa. O objetivo é fazer a melhor escolha em cada situação. Aprendi, ao menos em teoria, com Charles Darwin: “quem sobrevive não é o mais forte ou o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças". Pág. 157
“Planejar é apenas um pequeno conforto diante do caos. Aprendi que somos o protagonista da nossa vida, não o roteirista. A interpretação é livre: Deus, destino, acaso... Somos limitados às nossas escolhas, o resultado depende de um conjunto mais amplo de fatores. Sucesso é apenas uma fração dentro das possibilidades.” Pág. 173
MUITO BOM |
Skoob |
Sinopse: Escrita pelo norte-americano Benjamim Moser, a obra revela aspectos fundamentais na trajetória da escritora, desde a origem miserável e violenta na Ucrânia - para onde o autor viajou - ao reconhecimento internacional. A partir dessa pesquisa, Moser tece relações entre a vida e a obra da brasileira.
A biografia pode ser lida tanto por iniciados na literatura clariciana, que queiram conhecer mais sobre a vida da autora, como por curiosos que nunca tiveram contato com sua obra e querem traçar um guia cronológico desde o primeiro até seu último livro. Esse é um tipo de biografia que traça um paralelo entre vida e obra, citando trechos e contando abertamente os acontecimentos que se passam nos livros de Clarice, ou seja, para os que não gostam de saber absolutamente nada de um livro antes da leitura, talvez seja melhor deixá-la para depois.
Em minha opinião esse fator não estraga em nada a experiência, sendo até enriquecedor, uma vez que você pode ir lendo os trabalhos da autora e depois retomar capítulos da biografia onde Benjamin Moser comenta sobre tal texto. Isso por que, como diria Clarice, sua literatura não nasceu para ser interpretada, e sim sentida.
“Ou toca ou não toca. Quer dizer, suponho que entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Tanto que o professor de português e literatura, que deveria ser o mais apto a me entender, não me entendia, e a moça de dezessete anos lia e relia o livro. Parece que eu ganho na releitura, o que é um alívio.”
"Uma pessoa simplesmente não pode sobreviver sem ceder um pouco de sua liberdade e aceitar os laços necessários que a unem aos outros. Para Clarice, isso significava o amor humano."
“Em geral, depois de ler as críticas sobre minhas obras, sejam contra ou a favor, paro de escrever dois ou três dias para esquecer que sou escritora.”
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