Título original: Private
Editora: Arqueiro
Edição: 1
Ano: 2012
Páginas: 224
Tradução: Débora Isidoro
Minha Nota:
Anos após seu pai ter abandonado o negócio, Jack Morgan assumiu a Private, a melhor agência de investigações que existe, com escritórios em vários cantos do planeta. A empresa de Londres se expandiu, abrindo filiais em Nova York, Londres e Paris. É a ele que os homens e as mulheres mais influentes do mundo recorrem quando precisam de total eficiência e máxima discrição. A agência é o único recurso quando a polícia não pode fazer mais nada.
Além de Jack, a agência reúne um seleto time de investigadores: a psiquiatra Justine Smith – um dos personagens centrais nessa história, o impulsivo ex-fuzileiro naval Rick Del Rio, o charmoso Emilio Cruz e os gênios do laboratório Dr. Sci e Mo-bot.
Enquanto a equipe investiga o assassinato de 13 garotas, surgem dois outros casos, bem mais pessoais. Fred, tio de Jack, procura-o pedindo ajuda com um escândalo financeiro que pode destruir a liga profissional de futebol americano, NFL. E a esposa do melhor amigo de Jack, Andy Cushman, é encontrada morta.
Os três mistérios parecem insolúveis e em paralelo a isso, Jack precisa lidar com seus traumas do passado – no tempo que era fuzileiro naval e se viu frente a frente com a morte –, seu relacionamento conturbado com sua secretária irlandesa, além dos confrontos com o irmão gêmeo Tommy, que vive lhe causando problemas.
Com a Private, nenhum caso fica sem solução.
COMENTÁRIOS
Private é uma história instigante. Deixa o leitor com vontade de continuar lendo, e os capítulos curtos mais os diferentes pontos de vista colaboram para tanto. Em contrapartida a narração peca pelo excesso de rapidez; os personagens pouco são explorados e dá a sensação de que o autor escreve com pressa para terminar logo a história.
A trama é boa, tem tudo para dar certo, só precisaria ser mais explorada; deixar um pouco de lado a ação e focar na construção dos suspenses. Mas o que entristece é que esse é justamente o diferencial do autor, que atinge uma gama maior de leitores – sobretudo aqueles mais “preguiçosos” que querem ir direto ao clímax da história sem muitos rodeios. O que me faz pensar: como tantos conflitos foram resolvidos em torno de 200 páginas?
A escrita em parceria com Maxine Paetro não deixa muito claro quem escreve cada capítulo, quase não se sente a distinção na escrita dos autores, uma vez que são apresentadas várias perspectivas além do casal principal (Justine Smith e Jack Morgan). Enquanto o personagem Jack é narrado em primeira pessoa, Justine é tratada em terceira – como se o próprio Jack fosse onisciente sobre tudo aquilo que acontece com os outros personagens.
O livro leva 3,5 estrelas por me deixar na expectativa sobre o que aconteceria a seguir. Recomendo como uma leitura despretensiosa e de entretenimento para quando quisermos relaxar após um livro muito extenso ou que nos impactou.
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