O Mar de Monstros - Rick Riordan (Livro e Filme)

Título original: The Sea of Monsters 

Autor: Rick Riordan 

Editora: Intrínseca 

Edição: 1

Ano: 2009 

Páginas: 286

Tradução: Ricardo Gouveia

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Cronologia:
Vol. 1 - O Ladrão de Raios

Sinopse: O ano de Percy Jackson foi surpreendentemente calmo, mas quando um inocente jogo de queimado entre ele e seus colegas torna-se uma disputa mortal contra uma tenebrosa gangue de gigantes canibais, as coisas ficam feias. E a inesperada chegada de sua amiga Annabeth traz outras más notícias: as fronteiras mágicas que protegem o Acampamento Meio-Sangue foram envenenadas por um inimigo misterioso e, a menos que um antídoto seja encontrado, o único porto seguro dos semideuses será destruído. Percy e seus amigos precisam se aventurar no Mar de Monstros para salvar o acampamento, antes, porém, nosso herói entrará em confronto com um mistério atordoante sobre sua família ― algo que o fará questionar se ser filho de Poseidon é uma honra ou uma terrível maldição.

O texto a seguir não contém spoiler sobre volumes anteriores.

ENREDO

Grover Underwood, sátiro, antigo protetor e amigo de Percy Jackson é capturado pelo ciclope Polifemo. Para que o filho de Poseidon possa recuper o amigo, ele Annabeth e Tyson – mais novo companheiro que embarca nas aventuras do Acampamento Meio-Sangue –, precisam enfrentar o Mar de Monstros e os perigos que ali se encontram. 

Essa também é a única maneira de salvar as barreiras do acampamento, trazendo de volta o Velocino de Ouro, artefato mágico com poder dar vida a tudo que dele se aproxima. Entrementes, Luke segue a todo custo em busca do ressurgimento de Cronos e tudo indica que está envolvido nos maus agouros que envolvem os semi-deuses.

"Todos os campistas conheciam a história da árvore. Seis anos antes, Grover, Annabeth e dois outros semideuses chamados Thalia e Luke chegaram ao Acampamento Meio-Sangue perseguidos por um exército de monstros. Quando se viram acuados no topo da colina, Thalia, filha de Zeus, montou resistência ali, para dar tempo aos amigos de alcançar a segurança. Quando ela estava morrendo. Zeus se apiedou e a transformou em um pinheiro. Seu espírito reforçou as fronteiras mágicas do acampamento, protegendo-o de ministros. O pinheiro estava lá desde então, forte e saudável." Pág. 55

COMENTÁRIOS

Rick Riordan faz uma boa inserção da história anterior, O Ladrão de Raios. Ao longo do enredo vai relembrando de maneira sutil fatos e personagens do passado. O humor negro e as tiradas sarcásticas de Percy continuam os mesmos, o que é excelente.

“Aquele Perseu sempre vencia. É por isso que minha mãe me deu seu nome, muito embora ele fosse um filho de Zeus, e eu, de Poseidon. O Perseu original foi um dos únicos heróis dos mitos gregos que teve final feliz. Os outros morreram - traídos, espancados, mutilados, envenenados ou amaldiçoados pelos deuses. Minha mãe esperava que eu herdasse a sorte dele. Do jeito como minha vida ia até ali, eu não estava lá muito otimista.” Pág. 118

Ao longo da narrativa aprendemos muitas palavras novas e mais sobre mitologia grega. A cada momento há um novo personagem/monstro que nos remete àquele tempo.

O que me incomodou nesse novo volume foi a semelhança que senti com os livros da série Harry Potter – a profecia, os sonhos de Percy, as aventuras, a distribuição dos chalés no acampamento (que só funciona realmente durante as férias) –, algo que antes eu não enxergava. Por esse motivo, e pela própria suavidade da história, acredito ter preferido o primeiro volume.

Embora os problemas a serem resolvidos nessa história tenham sido mais “simples”, o livro não apressa o desenrolar dos acontecimentos e traz um ritmo bacana. O personagem coadjuvante que mais se destaca e impossível de não agradar é o ingênuo Tyson, amigo que estuda com Percy, que terá um papel fundamental na história. 

Se você gosta de mitologia, de aventuras com um toque cômico, da criatividade em recontar uma mesma história num contexto atual, Percy Jackson será uma leitura prazerosa.

MUITO BOM

FILME

Percy Jackson: Sea of Monsters é um filme estadunidense de aventura e fantasia dirigido por Thor Freudenthal, produzido pela 20th Century Fox e com roteiro escrito por Marc Guggenheim.

Para quem já conhece o histórico do primeiro filme é de se esperar que tenha ficado apreensivo com a produção dessa nova película. Percy Jackson and The Lightning Thief foi uma péssima transcrição do livro para a tela. Embora seja um filme que diverte, não convence àquele que conheceu a história original. Essa continuação, a meu ver, piorou a situação preexistente. 

Mudanças esdrúxulas no roteiro (várias cenas foram cortadas), efeitos especiais quase em nível de desenho animado, e ação em demasia foram os principais fatores que me desanimaram quanto a produção. Além disso, vários acontecimentos do filme não ocorreram, ocorreram em momentos diferentes no livro ou ainda só deveriam retratados mais adiante, uma vez que aparecem em outros livros da série. 

O filme recebeu críticas negativas de diferentes meios, porém ainda conseguiu uma boa bilheteria ultrapassando o orçamento gasto. Para os que avaliaram o filme sem ter nenhum contato com o livro, deixaram comentários satisfatórios. Em retrospecto, o roteiro pode ter sido um dos principais agravantes quanto ao produto final.

Sem comentários sobre as atuações, esse é um filme que atinge um público mais jovem, que eu não pretendo assistir novamente tampouco recomendo a quem já tenha lido o livro. Quanto ao primeiro filme, sim, é uma diversão muito agradável de ser vista.

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