quarta-feira, 10 de junho de 2015

Resenha: A Metamorfose - Franz Kafka

Título original: Die Verwandlung

Autor: Franz Kafka 

Editora: Nova Fronteira 
Edição: 1

Publicação original: 1915

Ano: 2014
Páginas: 61

Skoob


A Metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.

Escrita em 1912 e publicada três anos depois, A Metamorfose é uma novela escrita pelo alemão Franz Kafka que veio a ser o texto mais conhecido, estudado e citado de sua obra.

O personagem principal, Gregor Samsa, é um caixeiro viajante que abandona sua própria vida para sustentar a família e pagar a dívida dos pais. Ele vive do trabalho e retoma ao domicílio de tempos em tempos para poder visitá-los e descansar. Numa certa manhã, porém, ao acordar para embarcar ao trabalho, Gregor acorda metamorfoseado em um inseto monstruoso, tudo leva a crer que seja algo parecido com uma barata gigante. 

Daí em diante temos acesso a toda narrativa, escrita em terceira pessoa por um narrador onisciente, mostrando os acontecimentos que culminaram ao clímax da história (que já sabemos no primeiro parágrafo) e se desenvolve para algo ainda maior.

Triste, melancólico e real, a novela serve perfeitamente em sua função de analogia (misturando ficção e realidade), algo que talvez soasse apelativo se utilizasse como personagem central uma pessoa saudável que adoece e, antes no cargo de provedor, se ver repentinamente na dependência de sua família.

Como um livro curto, não tem muito a ser dito sobre sua história, é mais um retrato psicológico de transformações na relação entre pais e filhos, irmão e irmã, e da família como um todo. No primeiro momento tem-se o medo, num segundo a aceitação, porém com ressalvas de que ninguém o saiba, e finalmente o ódio de ver alguém como um peso desnecessário e a vontade de livrar-se disso.

Se ao menos Gregor pudesse conversar com sua irmã; se lhe tivesse podido agradecer por tudo o que fazia por ele, lhe teriam sido mais leves estes trabalhos que ocasionava e que deste modo tanto lhe faziam sofrer.” Pág. 33

MUITO BOM

***

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