Autor: Brian Selznick
Editora: Edições SM
Edição: 1
Ano: 2007
Páginas: 534
Publicação Original: 2007
Publicação Original: 2007
Tradução: Marcos Bagno
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Prepare-se para entrar em um mundo onde o mistério e o suspense ditam as regras...
ENREDO
Estamos no ano de 1930. Hugo Cabret é um menino de 12 anos, órfão, que vive escondido na central de trem de Paris. Esgueirando-se por passagens secretas, Hugo toma conta dos gigantescos relógios do lugar: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento das máquinas.
Seu pai era o funcionário de um museu e sua última paixão antes de morrer de forma trágica fora um autômato que, supostamente, poderia escrever uma mensagem. Após essa fatalidade, Hugo é levado por seu tio Claude, que o ensina a manter os relógios da estação. Quando este desaparece, Hugo continua o seu serviço enquanto sobrevive roubando comida e temendo que o inspetor da estação o descubra.
A sobrevivência do garoto depende do anonimato. Ele tenta manter-se invisível, quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam o seu caminho.
Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e um homem mecânico estão no centro desta intrincada história, narrada por texto e imagens, oferecendo uma diferente e emocionante experiência de leitura.
COMENTÁRIOS
Com uma linguagem simples e um enredo ao mesmo tempo completo e interessante, A Invenção de Hugo é um ótimo livro para todas as idades. Através das belas ilustrações que dão movimento a história, a obra transmite o amor pelos livros, além de nos ensinar um pouco sobre a criação do cinema.
Você não gosta de livros? |
Ao misturar ficção e realidade, Brian Selznick recria Georges Méliès, famosos ilusionista francês, considerado "pai dos efeitos especiais", como um dos personagens de sua narrativa. Por meio disso e da inserção da magia envolvendo o autômato e a rotina árdua de Hugo Cabret, temos uma aventura e tanto em mãos.
O livro tem muitas páginas, mas pode ser lido rapidamente. A diagramação está muito bem acabada. As lombadas (laterais das folhas) são em cor grafite, as páginas são brancas (mas com textos não muito extensos) e o livro se completa com diversas ilustrações e imagens. Vale a pena ler e adquirir para ter ao alcance caso, em algum momento oportuno, haja uma criança por perto.
Uma história que mesmo direcionada ao público juvenil, surpreende e comove aqueles que se deixam levar por sua singularidade.
“Sabe, as máquinas nunca tem peça sobrando. Elas têm o número e o tipo exato de peça que precisam. Então, eu imagino que, se o mundo inteiro é uma grande máquina, eu devo estar aqui por algum motivo.” Pág. 378
ÓTIMO / FAVORITO |
FILME
Hugo (2011) é um filme estadunidense de aventura, mistério e drama, dirigido por Martin Scorsese (O Lobo de Wall Street, A ilha do medo), com o roteiro de John Logan e estrelado por Asa Butterfield, Chloë Grace Moretz, Sacha Baron Cohen e Ben Kingsley.
Eis um daqueles filmes tão bons quanto o livro e em alguns quesitos digo que até melhor, por levar à tela o que podemos apenas imaginar pelas ilustrações de Hugo Cabret.
Com uma fotografia majestosa, boas atuações, impecáveis efeitos especiais (e olha que não sou muito fã dessa tecnologia), trilha e ambientação parisiense, o filme entra fácil para a lista daquelas obras que podemos ver e rever de tempos em tempos sem cansar.
Com uma fotografia majestosa, boas atuações, impecáveis efeitos especiais (e olha que não sou muito fã dessa tecnologia), trilha e ambientação parisiense, o filme entra fácil para a lista daquelas obras que podemos ver e rever de tempos em tempos sem cansar.
Algumas alterações foram feitas no roteiro, o que sempre acontece nos filmes, mas que não diminuem a qualidade da película. A parte cômica ficou a cargo do inspetor da estação de trem, o ator Sacha Baron Cohen (Borat), que se destaca e inferniza muito mais a vida de Hugo do que no livro, além do seu cão (que na verdade não existe, mas foi uma das melhores atuações do cinema animal, haha).
Uma curiosidade é que o cineasta James Cameron (Titanic, Avatar) atribuiu ao filme o título de verdadeira obra-prima. O diretor chegou a dizer ser este um dos melhores filmes com a tecnologia que já tinha visto na vida, incluindo suas próprias criações. Então, se James Cameron falou, resta algo mais a dizer? Se ainda não assistiu está perdendo tempo.
Premiações
Além de outras indicações a diversos prêmios, o filme venceu as seguintes: Golden Globe Awards (Melhor direção); Oscar (Melhores efeitos visuais/efeitos especiais; Fotografia; Direção de Arte; Mixagem de Som; Edição de Som; BAFTA (Melhores efeitos visuais; Melhor Edição de Som)
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