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Autor: Jane Austen
Editora: Martin Claret
Edição: 1
Ano: 2015
Páginas: 640
Publicação original: 1818
Publicação original: 1818
Tradução: Roberto Leal Ferreira
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Sinopse: O enredo gira em torno dos amores de Anne Elliot que se apaixonara pelo pobre, mas ambicioso jovem oficial da marinha, capitão Frederick Wentworth. A família de Anne não concorda com essa relação e a convence romper seu relacionamento amoroso. Anos após Anne reencontra Frederick, agora cortejando sua amiga e vizinha, Louisa Musgrove. "Persuasão" é amplamente apreciado como uma simpática história de amor, de trama simples e bem elaborada, e exemplifica o estilo de narrativa irônica de Jane Austen, sendo original por diversos motivos, entre eles, pelo fato de ser uma das poucas histórias da escritora que não apresenta a heroína em plena juventude.
ENREDO
Anne Elliot é a segunda das três filhas de Sir Walter Elliot, um viúvo, vaidoso e esnobe baronete. No passado, Anne apaixonara-se por Frederick Wentworth, que, embora belo, inteligente e ambicioso, não tinha tradições ou conexões familiares importantes que valessem a pena um compromisso, assim Anne fora persuadida pela família a romper com ele.
“Mas não agira apenas por precaução egoísta ao pôr um fim naquela relação. Se não imaginasse que agia pelo bem dele, mais do que por seu próprio, dificilmente abriria mão dele. O fato de acreditar estar sendo prudente e abnegada, sobretudo para o bem dele, era sua maior consolação diante da desgraça de uma ruptura, uma ruptura final”. Pág. 486
Em 1815, momento em que se passam os eventos narrados no livro, a boa, generosa e sensível Anne Elliot continua solteira, mas agora, aos 27 anos, pensa com mais autonomia e maturidade. A situação financeira de seu pai torna-se desfavorável, e ele se vê obrigado a alugar a propriedade da família. Por força do destino, o novo ocupante da residência é justamente o cunhado de Wentworth.
Quase oito anos após o rompimento, Anne se verá novamente convivendo com seu grande amor, agora um capitão da Marinha, e reflexões, conjunturas e arrependimentos serão inevitáveis. Austen fará uma crítica à vaidade típica da sociedade inglesa do início do século XIX, onde o que importa são bens e títulos.
“Fora obrigada a ser prudente na juventude, aprendera o romantismo À medida que envelhecia: a sequela natural de um começo antinatural.” Pág. 487
“O mais grave de uma personalidade passiva e indecisa é que não se pode contar com nenhuma influência sobre ela. Nunca temos certeza de que uma boa impressão seja duradoura; todos podem modificá-la”. Pág. 523
“Quem poderia confiar nos verdadeiros sentimentos de um homem esperto, prudente e maduro o bastante para apreciar a retidão de caráter? Como se poderia ter certeza de que sua alma estava realmente limpa?[...] Um caráter franco, espontâneo e impetuoso era algo que ela prezava mais do que qualquer outra coisa” Pág. 566-567
Persuasion é uma adaptação para a TV BBC lançada em 1995. O filme foi dirigido por Roger Michell, tendo como roteirista Nick Dear. Amanda Root estrela ao lado de Ciarán Hinds nos papéis de Anne Elliot e do Capitão Wentworth.
“Mas não agira apenas por precaução egoísta ao pôr um fim naquela relação. Se não imaginasse que agia pelo bem dele, mais do que por seu próprio, dificilmente abriria mão dele. O fato de acreditar estar sendo prudente e abnegada, sobretudo para o bem dele, era sua maior consolação diante da desgraça de uma ruptura, uma ruptura final”. Pág. 486
Em 1815, momento em que se passam os eventos narrados no livro, a boa, generosa e sensível Anne Elliot continua solteira, mas agora, aos 27 anos, pensa com mais autonomia e maturidade. A situação financeira de seu pai torna-se desfavorável, e ele se vê obrigado a alugar a propriedade da família. Por força do destino, o novo ocupante da residência é justamente o cunhado de Wentworth.
Quase oito anos após o rompimento, Anne se verá novamente convivendo com seu grande amor, agora um capitão da Marinha, e reflexões, conjunturas e arrependimentos serão inevitáveis. Austen fará uma crítica à vaidade típica da sociedade inglesa do início do século XIX, onde o que importa são bens e títulos.
“Fora obrigada a ser prudente na juventude, aprendera o romantismo À medida que envelhecia: a sequela natural de um começo antinatural.” Pág. 487
COMENTÁRIOS
Esse é o último dos três livros de Jane Austen a envolver algum tipo de sentimento abstrato, como acontece em Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade. A heroína, embora esteja numa idade onde o casamento é praticamente desconsiderado, mais uma vez é o membro da família mais racional, coerente e justo.
O romance provinciano, narrado em forma novelesca, mostrará o cotidiano desses distintos personagens. Uma curiosidade é que pouco ou nada é descrito das características físicas destes, e muito é dito sobre suas virtudes e possíveis defeitos.
Anne é uma ótima personagem. Reservada, sensata, inteligente, observadora e perspicaz. Diferente das outras histórias citadas, o amor entre os personagens acontece na juventude, e já seremos apresentados a eles anos depois, quando estão separados, sem termos ideia se o reencontro irá acontecer.
É muito interessante e engraçado o senso de humor usado por Jane Austen para mostrar as contradições narradas por seus personagens. Principalmente os membros da família Elliot, pai e filhas, são volúveis e interesseiros, mudando de opinião sobre certas famílias à medida que os convém.
A palavra persuasão é usada ao longo de todo livro e tem o intuito de mostrar como um personagem quer manipular o outro em troca dos seus interesses. O fim da história chega a ser previsível, o que não é demérito do livro, pois nele saber como as coisas acontecem é mais importantes do que o final em si. Há a famosa Dança de casais, como costumo dizer. Ou seja, um remanejamento para que no final todos acabem com seu par, exceto os cruéis ou maldosos suficientes para terem a solidão como punição.
Para quem ainda não conhece a autora inglesa essa seria uma boa maneira de começar!
Para quem ainda não conhece a autora inglesa essa seria uma boa maneira de começar!
CITAÇÕES
“O mais grave de uma personalidade passiva e indecisa é que não se pode contar com nenhuma influência sobre ela. Nunca temos certeza de que uma boa impressão seja duradoura; todos podem modificá-la”. Pág. 523
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| ÓTIMO | FAVORITO |
FILME
Persuasion é uma adaptação para a TV BBC lançada em 1995. O filme foi dirigido por Roger Michell, tendo como roteirista Nick Dear. Amanda Root estrela ao lado de Ciarán Hinds nos papéis de Anne Elliot e do Capitão Wentworth.
O filme é uma boa adaptação em termos de história, sendo bem fiel ao texto original. O que me desagradou, contudo, foram algumas mudanças nas características dos personagens. O capitão Wentworth, por exemplo, é introspectivo, alguém que mal fala em todo livro, tendo um ar misterioso. No filme ele foi interpretado como de um jeito muito sociável, sorridente e comunicativo. Como sempre acontece, devemos lembrar que um livro sendo contado através de vídeo sofrerá perdas. Mas de modo geral o filme é muito bom de ser visto seja para relembrar o livro, rever cenas por outra perspectiva ou mesmo conhecer a história antes da leitura.
Assista o Trailer:
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