sexta-feira, 5 de julho de 2013

Orgulho e Preconceito - Jane Austen (Resenha)

Orgulho e preconceito livro editora ediouroTítulo: Orgulho e Preconceito
Autor: Jane Austen

Editora: Ediouro
Edição: 1

Ano: 2007
Páginas: 156

Tradução: Paulo Mendes Campos

Minha Nota:
ÓTIMO/ FAVORITO







Sinopse: Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.

ENTENDENDO A HISTÓRIA...

Estamos no início do século XIX, na Inglaterra. Elizabeth Bennet é a segunda das cinco filhas da casa e parece também ser a mais ajuizada e pé-no-chão de todas. Uma moça pronta para desposar que adora passar as horas livres lendo, ajudando sua mãe com os afazeres da casa ou ao lado de suas irmãs e seu querido e amado pai.

Tudo corre bem até a chegada de Mr. Bingley um jovem e abastado cavalheiro que aluga uma propriedade no campo, Netherfield, perto dali e acaba se interessando pela doce Jane Bennet, irmã mais velha de Lizzy. Em seu encalço está o austero Mr. Fitzwilliam Darcy, um homem elegante, educado, porém pouco dado a gracejos.

Logo a princípio Elizabeth e Darcy não se dão muito bem, principalmente após a rejeição do homem para com ela durante uma dança local. Ambos de um preconceito arraigado e o preconceito imposto por uma época em que mais importava o dote que o casamento trazia consigo do que o sentimento envolvido.

Acontece que as terras da família Bennet não traz nenhum herdeiro do sexo masculino como sucessor. O Mr. Bennet conta apenas com o primo William Collins para essa função. Com o cortejo de Bingley para com Jane, cabe a Elizabeth a função de casar-se com o primo do pai e futuro guardião da casa.

Mas nada é tão fácil quanto parece e a donzela recusa-se a casar-se com alguém por qual não carregue sentimentos verdadeiros, e o comportamento de William só lhe causa repulsa por ser insensível e interesseiro. 

O que fazer diante das etiquetas da sociedade? Quando identificar o momento certo de ceder? Dois seres humanos orgulhosos serão capazes de ficarem juntos? E onde se encaixa o preconceito diante de tudo isso?

DIAGRAMAÇÃO

A edição lida fora obtida de uma publicação disponível nas bibliotecas de todo Brasil. Possui páginas brancas, capítulos curtos e uma ótima visualização, sem erros encontrados. ;)

A ESCRITA DE JANE AUSTEN E MINHAS IMPRESSÕES...

O que dizer de um livro que ultrapassa as barreiras do tempo e atinge os sentimentos mais profundos de qualquer leitor?

Jane, carinhosamente chamando-a, explora temas tão presentes e atuais quanto foram no passado. Com uma escrita fluida, crítica e despretensiosa, torna fenomenal o tempo que gastamos com essa leitura.

Nunca havia lido nada assim antes, e aqui não me refiro a temática mas sim a personalidade imposta ao texto. A escrita é feita em 3ª pessoa, não se descreve em nenhum momento as características dos personagens narrados (salvo por suas vestimentas), o que nos garante ter liberdade suficiente para imaginar nossos próprios Lizzy e Darcy; não sentimos um prolongamento na descrição dos detalhes, as coisas são como são.

Elizabeth Bannet e Mr. Fitzwilliam DarcyHoje nos deparamos com uma preocupação excessiva de textos bemmm descritivos, ricos em detalhes, se possível até com continuações como nas famosas sagas. Jane Austen foge disso (como se ela soubesse que isso um dia ia acontecer) e não peca por excesso nem falta, tudo esteve presente na dose certa, a história anda, os acontecimentos são reais e fazem sentido.

A ATEMPORALIDADE DO AMOR

Aqui vocês verão uma crítica a sociedade contemporânea daquele tempo, descobrindo como após anos e anos, o amor e todos os sentimentos advindos dele são imortais. Independente das décadas que passem, 'Orgulho e Preconceito" nunca deixará de ser um marco na literatura inglesa ou tornar-se obsoleto. Uma ótima leitura com palavras não tão rebuscadas indicada a qualquer pessoa que aprecie um romance e, sobretudo, a vida.

QUOTES (Citações)

“Desejava a estima do jovem agora que parecia não ter mais a possibilidade de obtê-la. Estava convencida de que seria feliz em sua companhia, quando já não havia probabilidade de se tornarem a encontrar. Que triunfo para o rapaz, se soubesse que a proposta, tão orgulhosamente repelida há quatro meses, seria agora recebida com alegria e gratidão.” (Pág. 114)

“Quis saber de Darcy de que maneira se apaixonara por ela.

– Não posso determinar a hora, o lugar, o aspecto ou as palavras que serviram de fundamento. Foi há muito tempo. Minha paixão já ia pelo meio quando percebi que havia começado.(Pg. 144)

FILME

Para quem já viu a adaptação fica impossível não escolher esses dois atores para "mentalizar" durante a leitura. Essa é uma das raras exceções em que livro e filme conseguem ser ótimos! Abaixo segue o trailer:



NOTA: Existem várias versões impressas para esse mesmo livro. Procure a que lhe seja mais viável, contudo fique ciente de que o número de páginas e a tradução do texto podem não ser os mesmos. Abaixo segue algumas das capas vistas por aí:

edições de orgulho e preconceito, jane austen
As diferentes edições para "Orgulho e Preconceito"

Revivi cada detalhe da história escrevendo esse post, espero que você tenha chegado até aqui e não tenha achado tão cansativo, foi uma delícia escrever um pouco dessa história. Deixe seu comentário dizendo o que achou. ;)

Comente com o Facebook:

11 comentários:

  1. Tenho esse livro, a versão da L&PM e ainda não li. Acho que sem razão, pois todos que leem esse livro acham ele perfeito. Preciso pegá-lo e devorá-lo sem medo. Você, pelo que parece, amou o livro e suas colocações sobre ele foram simplesmente muito bem empregadas e me deixaram mais curioso para poder ler. Agora, só falta a coragem! Abraços, Felipe (A Hora do Livro)

    ResponderExcluir
  2. Me apaixonei mesmo pelo livro Felipe, acho que todo mundo deveria lê-lo. Estava com medo de ser algo chato e de difícil compreensão mas nada disso. Veja o filme e quem sabe isso te dê coragem! =) Abraço.

    ResponderExcluir
  3. anna beatriz fernandes6 de julho de 2013 às 23:15

    Ola Clóvis,

    eu (sempre) sou muito parcial quando se trata da jane. Ela criou histórias incríveis que ultrapassaram os séculos e continuam a encantar os leitores. Orgulho e preconceito é o meu livro favorito. Eu acho que os personagens são a frente do seu tempo, a lizzi principalmente. Você concorda? Além, o romance é tão lindo, simples, gradual e puro. O que toda mulher sonha em ter.

    Amei sua resenha. Deu vontade de ler novamente.

    ResponderExcluir
  4. Concordo sim Bia. É um lindo romance que me encantou em todos os graus assim como você. Fico feliz que tenha gostado da resenha! =D É um livro de cabeceira que não custa trabalho ler. Abraço.

    ResponderExcluir
  5. Sua escrita definitivamente não é cansativa, não se preocupe! Atiçou ainda mais minha vontade de lê-lo. Já tinha assistido ao filme de 2005, com a Keira Knightley e me apaixonei pela sagacidade dos protagonistas, que mesmo ajuizados, volta e meia tinham algum preconceito da qual se desfazer. Acho interessante que as ideias de um livro escrito há mais de 200 anos permaneça tão moderna - espero que permaneça assim por mais 200...


    Abraço!
    Clara
    labsandtags.blogspot.com

    ResponderExcluir
  6. Oi Clara. Que ótimo você ter gostado do texto. Concordo com todas as suas colocações, que a literatura possa ser sempre assim, que as coisas boas permaneçam e que os equívocos sejam corrigidos. Leia mesmo, o livro é excelente. Um abraço!

    ResponderExcluir
  7. Clóvis, esse livro é simplesmente uma delícia! Gosto do romance, gosto da escrita da autora, mas sobretudo gosto da personalidade da protagonista, que mesmo em uma época tão conservadora não baixava a cabeça! E hoje, em um mundo tão moderno, vira e mexe nos deparamos com romances recém-lançados que têm como protagonistas meninas-planta. Aí ninguém merece!
    A Lizzie é a magia desse livro *-*
    Já viu a adaptação para Youtube?! The Lizzie Bennet Diaries. Foram 100 episódios e é uma adaptação bem moderna da obra. Incrivelmente viciante!


    Beijos,
    Nanie

    ResponderExcluir
  8. Isso mesmo Nanie, tirou as palavras da minha boca (meninas-plantas, adorei!). A Elizabeth tem uma guerra e um gênio incríveis. Ainda não vi a adaptação do Youtube, mas vou procurar. Quero também ver a da BBC, conhece? 100 episódios, caramba. rsrs. Obrigado pela dica. Beijos.

    ResponderExcluir
  9. Clóvis, são muitos episódios, mas todos bem curtinhos - cerca de três minutos cada!

    Ah, eu vi essa linda adaptação da BBC - vale a pena!

    ResponderExcluir
  10. Adriana Macedo da Silva8 de julho de 2013 às 20:47

    Oi Clovis

    Este com certeza está no topo da minha lista dos meus livros preferido que li, já vi o filme e já baixei a serie, que estou doida para ver. O livro é antigo mas a escrita é completamente fácil de compreender , um romance que não tem nem sequer um beijinho, mas que dá de 1000 nesses romances hot que tem por ai (não que eu não goste dos romances hot, pois adoro) Mas clássico é clássico né !!!

    Bjs
    https://meupassatempoblablabla.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  11. Não tem uma pessoa que tenha lido esse livro e que não tenha gostado Adriana. Lembra que eu falei em algum dos seus posts que iria ler? rsrs. Finalmente. Clássico é clássico sim. Beijos.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...