quarta-feira, 13 de março de 2013

Resenha | As Vantagens de Ser Invisível - Stephen Chbosky

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Olá Leitores. Quarta-feira é dia de resenha! E o livro escolhido para essa semana foi "As Vantagens de Ser Invisível"  (The Perks Of Being A Wallflower, título original), publico em 2007 pela Editora Rocco. Em 2012 o filme foi adaptado para os cinemas recebendo muitas críticas positivas, tendo Ezra Miller, Emma Watson e Logan Lerman nos papeis principais.

Sinopse: Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.


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RESENHA...


Charlie é um garoto de 15 anos que escreve cartas para um amigo desconhecido. Em suas cartas ele conta como estão sendo seus dias na nova rotina da escola e sobre os traumas e desafios de sua vida.

“Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.”

O livro é narrado em primeira pessoa com a própria visão de Charlie sobre seu dia a dia. Aos poucos, com o decorrer de cada carta, vamos entendendo a íntima relação que ele tinha com sua tia Helen, antes de ela morrer num acidente de carro. O Porquê dele se sentir culpado por sua morte. A dificuldade de enfrentar o suicídio de um amigo querido e ter que encarar a solidão até a chegada de Sam e Patrick em sua vida.

“― Você vê as coisas. Você guarda silêncio sobre elas. Você compreende." (Patrick dizendo que Charlie é invisível)

Num enredo fluido, repleto de realidades da vida, como o uso de drogas, sexo, homossexualidade e violência, Stephen Chbosky nos leva de volta aos anos de 1991 e descreve uma história de amizade, conflitos, medo e a descoberta do primeiro amor.

“― Charlie, a gente aceita o amor que acha que merece." (Prof. Bill para Charlie)

Senti como sendo um daqueles livros de aparência suave que tem uma história densa por traz. Me deixou com uma pulga atrás da orelha e querendo interferir na história em muitos pontos, principalmente na tranquilidade de Charlie ao lidar com Sam. A ingenuidade dele mexe com qualquer um de nós, pois você sente verdade naquilo. E só no último capítulo as peças parecem finalmente se encaixar. 

“Não sei quanto tempo eu posso continuar sem um amigo. Eu costumava ser capaz de fazer isso com muita facilidade, mas foi antes de eu saber como era ter um amigo. É muito mais fácil não saber das coisas de vez em quando.”

Com várias referências a músicas, filmes e livros clássicos dos anos 1970-1980 a atmosfera criada é apaziguadora. Os Beatles são muito mencionados na obra e a música “Something” foi um dos momentos mais bonitos e emocionantes para mim. 

“Eu mal conseguia acreditar que a Sam realmente tinha dado um presente, porque eu honestamente pensava o "eu te amo" era isso.”

MUITO BOM

Avaliei com 4 estrelas, mas com certeza se tornou um dos meus livros favoritos e, justamente por essa inquietação que me causou, o lerei outra vez para entender melhor as coisas e finalmente classificá-lo como ótimo.

““especial” [...] Foi muito bom ter ouvido isso novamente. Porque eu acho que todos nós nos esquecemos às vezes. E eu acho que todo mundo é especial à sua própria maneira. É o que eu penso.”

TRAILER DO FILME


PS: Um Artigo escrito por mim em homenagem a esse livro (Leia AQUI)

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