quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Resenha: A culpa é das estrelas - John Green

Autor: John Green

Editora: Intrínseca
Edição: 1

Ano: 2012
Páginas: 288

Tradução: Renata Pettengill

Minha Nota:
MUITO BOM











Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.

Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.


ENREDO

Hazel Grace é uma adolescente de dezesseis anos que desde vive doente, mais especificamente, fora diagnosticada com um câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Graças a um medicamento que está em fase de teste, a menina consegue uma sobrevida maior do que o esperado - a droga que fizera o efeito contrário na maioria das pessoas, faz da vida de Hazel o milagre da medicina e ela não reclama por ter sido cobaia do experimento.

Cansada das deprimentes sessões de terapia do Grupo de Apoio para Crianças com Câncer, Hazel decide ficar em casa e assistir America's Next Top Model, mas, por insistência da sua mãe, acaba mudando de ideia. Não quer vê-la descontente, afinal, é ela quem ajuda Hazel a carregar seu cilindro de Oxigênio para todos os lados e em toda sua rotina. A mãe, literalmente dar vida aos seus pulmões.

Augustus Waters é um garoto de de dezessete, que sempre fora muito ativo, além de simpático, divertido e atraente; findou por abandonar a paixão pelo basquete depois de perder uma das pernas vítima de um osteosarcoma. 

É nesse mesmo Grupo de Apoio que eles se encontram, Hazel estranha o constante olhar de um garoto para com ela, pois sempre vira aquilo em filmes mas nunca havia flertado com ninguém antes - agora sabia o significado da troca de olhares. Gus, como comumente é chamado, é inteligente e tem um senso de humor bem parecido com o de Hazel, juntos adoram brincar com os trocadilhos de morte que cercam a fatalidade do câncer.

Uma aflição imperial é o livro preferido de Hazel, envolvente, instigante e perturbador; a menina reler várias vezes a obra, sobretudo devido ao fim repentino que o autor dá ao desfecho da história - terminando o livro no meio de uma frase. Peter Van Houten é o criador da história e após ela apresentá-la a Augustus, os dois embarcam numa aventura em busca de respostas para esse fim desconhecido e ao mesmo tempo se enveredando em Amsterdã para uma admirável história de amor.
  
Mas nem tudo são flores, a saúde de um deles não vai tão bem quanto aparenta e uma viagem pode ser algo perigoso... Aventura, romance, drama, sagacidade. Esses são um dos principais pontos que você encontrará nesse bem estruturada história que tirou lágrimas e sorrisos de milhares de leitores em todo o mundo.

COMENTÁRIOS

O livro é narrado em primeira pessoa sob a perspectiva de Hazel; o autor nos brinda com um romance adolescente, diferente dos padrões usuais devido a situação em que os protagonistas se encontram, mas mantém a essência da temática Jovem Adulto. Além disso, conta com uma linguagem fluida, divertidíssima e com referências a contemporaneidades.

Contudo, embora esteja acima da média, não é uma leitura perfeita em sua totalidade. A meu ver é leve, nerd, com pitadas de filosofia e lições de vida. Um tanto emocionante, mas que não chegou a ser o livro dos livros como tantos dizem.

A diagramação é ótima e bem simples, onde os capítulos curtos e as diferenças nos gêneros textuais (citações, mensagens de texto, por exemplo) agilizam a leitura. 

O autor fez uma pesquisa de campo muito vasta e foi bem cuidadoso com cada detalhe empregado no livro, seja criando o livro preferido de Hazel (Uma aflição imperial), ou nomes para medicamentos e bandas musicais. Tudo isso conta pontos a favor e merece destaque.

CURIOSIDADES

Após ler a história ficam algumas dúvidas pendentes, ou melhor, curiosidades, que podem ser esclarecidas pelo próprio autor na página do livro. Curiosidades como por exemplo:

Por que do título do livro?

Na frase de Shakespeare, "estrelas" significam "destino". John Green quis dizer que muitas pessoas sofrem desnecessariamente, não porque fizeram algo de errado nem porque são más ou sei lá o quê, mas porque dão azar. 

Qual o significado do O.k. entre Hazel e Augustus?

Hazel e o Augustus são muito cuidadosos no modo como veem a si mesmos e o amor que sentem/a responsabilidade que têm pelas outras pessoas, daí terem adotado o “o.k” como a expressão que serve para demonstrar o amor que sentem um pelo outro, “sempre”.

Existe algum significado/ligação especial na capa do livro que aparentemente foge à maioria de nós?

As nuvens branca e preta dialogam com o fascínio do Gus pelas sombras dos galhos de árvore que se entrelaçam em Amsterdã, [...] além disso, a capa ficou bem leve, minimalista e linda.


Nota: Trechos retirados da página do autor pela Editora Intrínseca

ME FEZ LEMBRAR...

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6 comentários:

  1. Amei sua resenha Clóvis, só aumentou a curiosidade na leitura. Bom saber que para você ele não foi o livro dos livros, me instiga a iniciar imediatamente a leitura (sonha Leninha, quem dera vc pudesse ler agora).
    Adorei as curiosidades que você cita no final da resenha. ponto para você, não tinha visto isso em lugar nenhum.


    Beijos e beijokas.

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  2. Fico feliz que tenha gostado Leninha. Queria entender o motivo de todos colocarem esse livro no topo e descobri. É sempre bom ter novas opiniões a respeito de um "livro batido", espero saber mais de você quando concluir a leitura :) Beijos!

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  3. Clóvis, Clóvis. Eu vou dizer porque é quase um mantra para mim: é perfeito! perfeito! perfeito! Haha'
    Mas é legal ler opiniões como a sua de que mesmo sendo tão bom não chega a ser perfeito (embora eu discorde :p)
    Gostei muito das curiosidades. Para quem ainda tá conhecendo a obra do autor é um prato cheio para aguçar a vontade de ler >.<

    Abs,
    Ronaldo Gomes.
    livrosobrelivro.blogspot.com

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  4. Eu sei que você ama tudo o que tenha John Green no meio Ronaldo, mas acho que vai muito do momento que cada um lê a história; da emoção que ela transmite ao leitor. Quem sabe ao reler daqui a um tempo eu consiga achá-lo perfeito, mas sem dúvida é uma história maravilhosa :) Abraços.

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  5. Emocionei com a historia. Como já falei em outras vezes amo/sou sick-lit e de longe me lembrou a busca de Beck para salvar Tamarisk em A Menina que Semeava, só muda por ele ser MUITO fantasioso, e A Culpa é das Estrelas mais "real".

    Sinceramente, não tinha lido por medo, todos os pontos de vista que vi por aí foram femininos e tenho um pé atrás com meninas falando de romance rssss. Legal saber que não é essas coisas todas, já vou sem expectativa NENHUMA.

    Abs

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  6. Demorei tanto tempo para ler essa história com medo; tanta gente falando sempre tão bem que pensava que seria a Bílbia. O John Green é fantástico com seu jeito, obviamente, mas é um livro jovem adulto tão bom quanto outros desse gênero. Leia pela experiência!

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