Autor: Chuck Palahniuk
Editora: Leya
Edição: 1
Ano: 2012
Páginas: 272
Publicação Original: 1996
Tradução: Cassius Medauar
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Sinopse: Clube da luta narra a história de um jovem funcionário que descobre que sua frustração e ira não podem ser acalmadas com o consumo desenfreado que a mídia oferece. Ele encontra alívio e redenção após horas de luta em pequenos clubes escondidos nos porões de bares da cidade. O clube da luta é idealizado por Tyler Durden, que Acredita ter encontrado uma maneira de viver fora dos limites da sociedade e das regras sem sentido. Mas o que está por vir de sua mente pode piorar muito daqui para frente.
"A primeira rega do clube da luta é que você não fala sobre o clube da luta".
Como o próprio autor descreve no posfácio, a intenção era de que cada capítulo captasse um flash, um acontecimento, um ato diferente, como em uma peça de teatro. Que prendesse o leitor a cada instante. E posso dizer que sua tentativa foi bem-sucedida.
Não deixem de comentar. Até mais!
O livro conta com uma narrativa não linear. O personagem, que em nenhum momento nos é apresentado por nome, demonstra ser muito inteligente logo nas primeiras páginas. Sabe sobre química, componentes de medicação e os macetes da indústria.
Ele tem uma vida perfeita – casa mobiliada com produtos de marca, emprego, renda - até que as insônias aparecem, e como uma forma de relaxamento passa a visitar terapias de grupo. Porém, essas terapias não são nem um pouco convencionais, são grupos de apoio normalmente a pessoas com câncer terminal, homens sem testículos, parasitas cerebrais, e por aí vai.
Edward Norton como "Rupert" |
Tudo muda quando Marla Singer aparece nesses grupos, obviamente com as mesmas más intenções, e as insônias voltam a aparecer. Afinal, ele não consegue chorar e liberar seus sentimentos de angústia na frente de uma impostora.
Helena Bonham como Marla Singer |
Sua vida sofre uma guinada quando conhece Tyler Durden, que a partir de uma brincadeira entre eles, cria o clube da luta. Diga-se de passagem, essa é uma maneira muito melhor de extravasar sua ira do que em uma terapia em grupo.
Como o próprio autor descreve no posfácio, a intenção era de que cada capítulo captasse um flash, um acontecimento, um ato diferente, como em uma peça de teatro. Que prendesse o leitor a cada instante. E posso dizer que sua tentativa foi bem-sucedida.
Brad Pitt como Tyler Durden |
Esses homens que se reúnem nas madrugadas em porões acreditam que só quando se está no fundo do poço é possível ver o real sentido da vida.
Pode-se desconfiar de que algo está errado diante das revoltas do clube da luta, mas chega a ser inimaginável o que de fato é a realidade. E essa é a maior surpresa do livro.
Quando você já sabe o desfecho (ao ter visto o filme ou numa releitura, por exemplo), faz puro sentido o que ele, o personagem sem nome, passa, e a história, quando revista, não deixa furos.
MUITO BOM |
FILME
Fight Club é um filme de 1999, dirigido por David Fincher (Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, Garota Exemplar), roteirizado por Jim Uhls, que conseguiu adaptar toda atmosfera do livro, o mundo caótico do personagem e o humor negro de Palahniuk em uma trama que conta com os atores Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter nos papés principais.
Tratando-se de David Fincher, após comparar seus diferentes filmes que se tornaram os meus preferidos, devemos esperar coisa boa. Suas adaptações sempre são muito fiéis e impactantes ao expectador. O filme é uma ótima complementação ao livro, sendo uma daquelas raras exceções em que se pode assistir antes de ler. Mas você não vai querer estragar a surpresa, certo?
Houve algumas mudanças para dar mais ritmo a história e criar o esperado clímax. O que mais sofreu alteração foi o desfecho da película, que deixa aberto a interpretação do expectador, algo que se estende um pouco mais no livro. Contudo, não diminui sua qualidade de modo algum. Fight Club é visualmente bonito, com diálogos marcantes e um final que expressar a vitória ou não da causa pela qual o clube da luta brigava (Ops, Ambiguidade!).
QUOTES / CITAÇÕES
“Você compra móveis. E pensa, este é o último sofá que vou comprar na vida. Você compra o sofá, e fica satisfeito durante uns dois anos porque, aconteça o que acontecer, ao menos a parte de ter um sofá já foi resolvida. Depois precisa do aparelho de jantar certo. Depois da cama perfeita. De cortinas. E do tapete. Então você fica prisioneiro em seu belo ninho e as coisas que costumavam ser suas agora mandam em você.” Pág. 50
“Durante milhares de anos os humanos foderam, sujaram e fizeram merda com esse planeta, e agora a história espera que eu limpe tudo. Tenho que lavar e amassar as minhas latas de sopa. E dar conta de cada gota de óleo de motor usado. E tenho de pagar a conta do lixo nuclear, tanques de combustível enterrados e terra cheia de lixo tóxico jogado lá uma geração antes de eu nascer.” Pág. 155
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