quinta-feira, 30 de julho de 2015

Diário de uma Paixão - Nicholas Sparks (Livro e Filme)

Título original: The Notebook

Editora: Novo Conceito 
Edição: 1

Ano: 2014
Páginas: 256

Publicação Original: 1996

Tradução: Renato Marques de Oliveira
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"Os românticos chamariam isso de uma história de amor, os cínicos diriam que é uma tragédia. Na minha cabeça, as duas versões se completam, no fim das contas, qualquer que seja a versão escolhida para encarar este relato, nada altera o fato de que ele abrange uma grande parte da minha vida e do caminho que escolhi trilhar. Não tenho nenhuma queixa a fazer quanto ao meu percurso e aos lugares onde ele me levou; talvez sobre outras coisas eu tenha reclamações, suficientes para encher uma tenda de circo, mas o caminho que escolhi tem sido sempre o certo, e tampouco gostaria que tivesse sido de outro jeito."

ENREDO

Em uma casa de repouso vivem um homem e uma mulher. Ele lá está por opção, ela, por consequência de uma demência senil que prejudicou sua memória. Todos os dias, o homem lê para a senhora um capítulo de uma linda história de amor, que foi escrita num velho diário.



A história começa no início de outubro de 1946, quando dois jovens, Noah Calhoun e Allison Nelson, se conhecem e se apaixonam perdidamente. Tudo parece perfeito até que a família de Allie a impede de continuar a vê-lo devido à enorme diferença de classe social entre os jovens.



COMENTÁRIOS

Carolina do Norte, forças armadas, diferenças financeiras, homens poéticos e solitários. No primeiro romance publicado por Nicholas Sparks já podemos prever a fórmula que parece sempre dar certo. Mesmo com elementos similares, o autor consegue criar histórias diferentes.

O livro traz uma linha de tempo alinear, iniciando com o narrador Noah contando sua história aos 80 anos de idade. Passa aos 31 anos, onde se passa grande parte da história, ao retornar da Segunda Guerra Mundial para sua cidade natal onde restaura a casa de seus sonhos e vive sozinho. E 14 anos antes, em sua juventude, quando conhece Allie, aquela que viria a ser o grande amor de sua vida.

Flashbacks inseridos em flashbacks, a história é narrada tanto na perspectiva de Noah, como na visão de Allie. O diferencial do livro está no fato de já começarmos sabendo o desfecho do casal, e ir regredindo no tempo. 

Com um texto simples, e ao mesmo tempo bonito e melancólico, O Diário de uma paixão mostra o amor da juventude, o amadurecimento e escolhas da fase adulta e ainda a fase delicada e comovente que é a velhice. Lugar em que só ficam na maioria das vezes as boas lembranças de uma vida passada.

ME FEZ LEMBRAR... 

Água para elefantes de Sara Gruen e o filme francês Amour.

MUITO BOM


FILME

The Notebook é um filme de drama romântico, estadunidense, de 2004 dirigido por Nick Cassavetese e roteirizado por Jeremy Leven e Jan Sardi. O filme é estrelado por Ryan Gosling, Rachel McAdams, James Garner e Gena Rowlands.

Lembro de ter adorado assistir ao filme pela primeira vez. Achei fotograficamente bonito, com um roteiro cíclico e sem pontas soltas, além das ótimas atuações de ambos os casais que interpretam os protagonistas.

Passado alguns anos (e isso sempre acontece ao comparar uma adaptação com o livro original), a película não me foi tão impressionante assim. O filme é mais visual, e passional.

Muitas mudanças foram feitas no enredo e também características dos personagens principais. Noah, por exemplo, é mais extrovertido e brincalhão na pele de Ryan Gosling. Já Allie chega a ser um pouco irritante por seus mimos e dramaticidade com Rachel McAdams.

A história é mais estendida, sobretudo na juventude. Com diferenças cronológicas e de acontecimentos (muitas coisas que Noah só saberá após anos, ele presencia pessoalmente no filme). Contudo, precisamos ter em mente duas coisas: 1) O autor não esteve responsável pelo roteiro 2) Este foi feito por duas pessoas. Além disso, histórias de amor com dor perda sempre chamam mais a atenção dos expectadores.

Fica a dica de uma boa adaptação, mas de um ótimo filme romântico. Que agrada tanto a leitores quanto a quem apenas tem intenção de assistir (Já se passou mais de uma década, está mais do que na hora!)


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