Hoje é um dia especial para leitores que, assim como eu, gostam de assistir uma adaptação apontando tudo que faltou ou está em excesso na tela. Sendo assim, falaremos hoje sobre o seriado inspirado no livro Sob a Redoma, de Stephen King.
Under the Dome é uma série americana desenvolvida por Brian K. Vaughan e transmitida no Brasil pela TNT e Rede Globo. O seriado estreou em junho de 2013 e atualmente conta com três temporadas. Stephen King e Steven Spielberg estão entre os produtores do programa.
A série chama muito atenção por seu tom de suspense e os efeitos especiais que acontecem quando a redoma entra em ação. Supostamente, o projeto só deveria durar por um verão, contendo 13 episódios com começo, meio e fim. Mas nós sabemos como os EUA funcionam quando algo faz sucesso, e lá vamos nós para mais e mais temporadas.
Atenção: O texto a seguir pode conter spoilers para quem ainda não viu o seriado!
O QUE ESTÁ DIFERENTE DA HISTÓRIA ORIGINAL?
Comecemos pela vaca cortada logo no episódio piloto. Aquilo impressiona e convida o expectador a assistir. E essa é uma das poucas mudanças que não fazem mal a história, apenas modificam a estética da cena. Na realidade uma marmota é cortada ao meio no lugar desse animal.
Angie McAlister, quem é você? A personagem, descrita como "dentes de lápides mal-assombradas" e biscate, morre no início da história com muita pancada dada por Júnior. Além disso ela não é irmã de Joe McAlister, acho que foi só uma maneira de manterem a atriz para dar mais suspense para a segunda temporada envolvendo seu assassinato.
Falando em Júnior Rennie, o badboy que acabou ganhando as graças do público, chegamos a sua parte na história (que não é nada boa). Ao lado do seu pai, Big Jim, Júnior entra para a categoria de principal vilão sendo desequilibrado, violento e comete muitos crimes . Além da genética, talvez o motivo para isso seja o tumor que ele tem no cérebro.
De filho para o pai. Big Jim Rennie é um religioso lunático, que manipula os preceitos da bíblia em benefício próprio, um Hitler de Chester's Mill. O homicídio está em suas veias, ele descobriu isso desde que findou a vida da mãe de Júnior, sufocando-a após ficar acamada vítima de um câncer terminal.
E para todo vilão, há um herói. Dale Barbara, o Barbie, é um cozinheiro no Rosa Mosqueta e ex-tenente do exercito, que nada tem a ver com dívidas de jogo e a morte do marido de Julia Shumway, a jornalista da cidade, que na verdade é solteira, tem 43 anos e vive apenas com seu cão welsh corgi, Horace.
E não é apenas Barbie o grande herói da história. O marido de Linda, Rusty Everett, auxiliar médico que não aparece no seriado, também tem grande importância para manter a ordem na cidade. Ele e a policial tem duas filhas e uma golden retriever.
O QUE A SÉRIE MOSTRA QUE NÃO EXISTE NO LIVRO?
As mudanças começaram a piorar com a segunda temporada. Digamos ser no mínimo esquisito uma cidade pequena estar isolada e de repente aparecem novos personagens surgidos do vácuo. Esse é o caso de Rebecca Pine (professora de Biologia), Sam Verdreaux (tio de Júnior) e Pauline Verdreaux Rennie (que deveria estar morta!)
E o melhor fica por último, Melanie Cross, a fantasma-periguete. Os produtores ainda incrementaram ao inserir um ovo, borboletas-monarcas e teorias de irmandade entre alguns habitantes da cidade e a redoma.
Uma coisa que observei é que os produtores da série pegam coisas que poderiam acontecer, suposições descritas ao longo do livro e transformam em algo real, causando um frisson de expectativa em nós expectadores que na verdade não existem e geram uma bola de neve de perguntas que não imagino como terão respostas convincentes. A dica do dia é: fiquemos atentos a partir do momento que o roteirista passa a subestimar nossas inteligências.
Espero que tenham gostado. Não deixe de ver também a resenha do livro e deixar seu comentário. Até mais!
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