Autor: Victor Hugo
Editora: Martin Claret
Edição: 1
Ano: 2014
Páginas: 1511
Publicação Original: 1862
A história passa-se na França do século XIX entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo (1815) e os motins de junho de 1832. Daqui resulta, por cinco volumes, a vida de Jean Valjean, um condenado posto em liberdade, até sua morte. Em torno dele giram algumas pessoas que vão dar seus nomes para os diferentes volumes do romance, testemunhando a miséria deste século, a pobreza miserável de: Fantine, Cosette, Marius, mas também Thénardier (incluindo Éponine e Gavroche) e o inspetor Javert.
Os Miseráveis começa com uma introdução escrita por Jean Pierre Chauvin, pesquisador de pós-doutorado da Universidade de São Paulo e vai nos apresentar a vida e obra de Victor Hugo. Conta um pouco de sua biografia e logo em seguida descreve quais impactos o livro teve tanto para sociedade como para outros autores de diversas nacionalidades em forma de inspiração. Recai ainda uma grande discussão sobre sua recepção no Brasil e, por conseguinte, a influência no Romantismo.
O primeiro livro fala sobre o bispo de Digne, senhor Myriel. Inicia em 1815 e retrocede no tempo para contar tudo que levou ao senhor Charles-François-Bienvenu tornar-se Monsenhor Bienvenu. O foco da narrativa é conhecer melhor esse personagem e perceber o quão digno e honesto ele é. Perpassa os tempos da Revolução Francesa e contextualiza personalidades que marcaram aquele tempo histórico na França, além dos acontecimentos em si. São longas digressões voltadas a Monsenhor Bienvenu, sem que seja cansativo, uma vez que nos afeiçoamos ao personagem e nos aprofundamos em sua realidade. O que marca mais nesse texto são suas ideias a respeito da vida, religião e sociedade, além do fato de perceber que ele nem sempre foi um homem perfeito.
O primeiro livro fala sobre o bispo de Digne, senhor Myriel. Inicia em 1815 e retrocede no tempo para contar tudo que levou ao senhor Charles-François-Bienvenu tornar-se Monsenhor Bienvenu. O foco da narrativa é conhecer melhor esse personagem e perceber o quão digno e honesto ele é. Perpassa os tempos da Revolução Francesa e contextualiza personalidades que marcaram aquele tempo histórico na França, além dos acontecimentos em si. São longas digressões voltadas a Monsenhor Bienvenu, sem que seja cansativo, uma vez que nos afeiçoamos ao personagem e nos aprofundamos em sua realidade. O que marca mais nesse texto são suas ideias a respeito da vida, religião e sociedade, além do fato de perceber que ele nem sempre foi um homem perfeito.
Em seguida há a introdução do personagem Jean Valjean em Digne, contando toda sua história, desde quando foi preso por roubar um pão para alimentar os sobrinhos, até quando chega a casa do Monsenhor Bienvenu e não resiste a tentação de roubar seus talheres de prata. Envergonhado, sobretudo, pela absolvição do bispo, tem a promessa de mudar seu futuro e ser um homem digno com tudo aquilo que agora possui.
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Nenhum resumo é capaz de descreve em totalidade as nuances de um livro tão completo como Os Miseráveis. Dei uma introdução para que o enredo começasse a aparecer como uma luz no fim do túnel. A história escrita por Victor Hugo traz um arcabouço infinito de conhecimentos à vida do leitor. Sua bagagem literária será definida como antes e depois deste livro (quanta responsabilidade!)
Os encontros e desencontros de seus personagens são a melhor parte, a linha de raciocínio de um escritor para criar uma trama tão verossímil como a vida real deve beirar o impecável, e as conexões que Victor Hugo faz, e suas respectivas ratoeiras para atrair certos personagens ao encontro de outros, torna o livro uma aventura sem igual.
Tudo que é colocado em cena tem uma relação importante com a história, fique atento e não subestime uma mera moeda que cai do bolso de alguém, ou o atraso que fez com que outrem perdesse a carruagem.
O cristianismo, Deus acima de todas as coisas, é bem determinante por toda história. Uma relação de causa e efeito, onde o homem escolhe suas ações, mas não está imune a Providência divina é algo que chama atenção durante a leitura. O que fez me perguntar, até onde vai o livre arbítrio e onde começa o “destino”?
A linguagem poética e o uso exuberante de metáforas, conquista a atenção do leitor para que as páginas se movimentem sozinha, quase como sem serem notadas. Jean Valjean é, além do narrador, sem sombra de dúvidas o personagem central do livro. Nosso salvador mártir. Chega a ser santificado por tanto altruísmo e desapego realizado ao longo dos 18 anos que compõe a narrativa. Seu desfecho foi repleto de glória e comoção.
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