Autor: Rebecca James
Editora: Intrínseca
Edição: 1
Ano: 2011
Páginas: 302
Tradução: Maria Luiza Borges
Minha Nota:
Sinopse: Após uma horrível tragédia que deixou sua família, antes perfeita, devastada, Katherine Patterson se muda para uma nova cidade e inicia uma nova vida em um tranquilo anonimato. Mas seu plano de viver solitária e discretamente se torna difícil quando ela conhece a linda e sociável Alice Parrie. Incapaz de resistir à atenção que Alice lhe dedica, Katherine fica encantada com aquele entusiasmo contagiante, e logo as duas começam uma intensa amizade. No entanto, conviver com Alice é complicado. Quando Katherine passa a conhecê-la melhor, percebe que, embora possa ser encantadora, a amiga também tem um lado sombrio. E, por vezes, cruel. Ao se perguntar se Alice é realmente o tipo de pessoa que deseja ter por perto, Katherine descobre mais uma coisa sobre a amiga: Alice não gosta de ser rejeitada...
Katherine se muda para uma nova cidade e vive tentando se esconder de um passado sombrio. Ninguém sabe o que ela fizera de tão mal no lugar onde vivia para causar tanta retração em seu comportamento. A Katherine de hoje é bem diferente do que a antiga costumava ser, não mais amizades, popularidade ou diversão na nova escola onde estuda. Tudo isso até conhecer Alice.
Alice é o tipo de garota que não se contenta com um não, é ambiciosa, egocêntrica, beirando o inconveniente. É com espanto que Katherine encara a atração repentina que alguém tão popular e segura de si como ela sente por sua pessoa.
O tempo passa e mesmo com a ressalva de que Alice pode representar perigo ao seu segredo, Katherine passa a ser sua amiga. Ao lado dela seu doloroso passado pode ser esquecido; ela pode se sentir livre do fardo que carrega por tantos anos.
"Sei que é melhor não dizer banalidades sem sentido, mentir que palavras podem curar. Porque sei que não curam, não podem. Palavras são só palavras, ajuntamentos de sons impotentes contra a força verdadeira dor, do verdadeiro sofrimento". Pág. 45
O que aconteceu no passado que fez com que Kat deixasse sua cidade natal para morar no apartamento de sua tia? A morte de sua irmã, Rachel. De algum forma sabe-se que ela está intimamente ligada ao fato, sente-se culpada desde então, mas o leitor não é apresentado ao motivo da morte logo de cara.
Rachel sempre fora a preferida da família. A certinha. Não dava um passo fora da linha, era estudiosa, não chegava a ser tímida, mas era reservada. Era meiga, amável e leal. Desde cedo estudara piano e treinava para isso diariamente. Ao lado dela Rachel se sentia destemida, a inconsequente, a festeira e não se importava com isso, até o dia em que provocou a morte da irmã.
O livro é narrado em três tempos: no presente, mostrando a vida adulta de Katherine, num passado próximo, duranta a amizade entre ela e Alice e por fim, há muitos anos, onde pouco a pouco descobre-se como aconteceu a tragédia que culminou na morte da sua irmã mais nova.
Não fui ao enterro de Alice.
É assim que o livro começa. Pode ser espantoso para quem leu a sinopse saber logo de cara que uma de suas protagonistas morre; mas o mais instigante é desvendar como isso acontece.
Alice demonstra ser uma psicopata, mas o problema não é esse em si. Nada é o que parece ser, e o motivo de uma Bela maldade é explicado no fim de tudo, embora seja inexplicável para pessoas com a mente sã.
Temos 2 mortes, diferentes tempos na narração, mistério e maldade. Todos os elementos que compõe um Thriller digno, mas a autora parou por aí. Um livro que tinha tudo para ser mas não foi, até hoje espero pelo "estouro" da história.
Rebecca James cria suspense, liga os pontos-chave da história, mas não fundamenta. Nem uma das mortes é devidamente explicada, esperei por detalhes mais claros, porém tudo acontece de forma muita rápida e indistinta.
O QUE ESPERAR?
Um livro que fala sobre o poder devastador de uma enganosa amizade, o cuidado com a família, cercado com um pitada de crueldade. Não espere uma história muito densa, cheia de detalhes. É um jovem adulto com cara de thriller que serve para nos fazer pensar, suspirar e distrair. Mantém o leitor assíduo mais por curiosidade do que pelo enredo. (Há controvérsias, arrisque-se na leitura e descubra sua própria opinião!)
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