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Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia de Letras
Edição: 4
Ano: 2011
Páginas: 522
Tradução: Paulo Neves
Na Suécia, 18 % das mulheres foram ameaçadas por um homem pelo menos uma vez na vida.
Sinopse: Primeiro volume de trilogia cult de mistério que se tornou fenômeno mundial de vendas, Os homens que não amavam as mulheres traz uma dupla irresistível de protagonistas-detetives: o jornalista Mikael Blomkvist e a genial e perturbada hacker Lisbeth Salander. Juntos eles desvelam uma trama verdadeiramente escabrosa envolvendo a elite sueca.
ÓTIMO/FAVORITO |
O livro gira em torno de um enigma que traz consigo várias histórias. Tudo começa em 1966 com o desaparecimento repentino de Harriet Vanger, sobrinha e herdeira de um dos maiores líderes da indústria sueca. Todos os membros da família viviam - e alguns ainda vivem - na ilha de Hedebyön que no dia do ocorrido tinha seu acesso fechado devido a um acidente.
Todos as coincidências são muito estranhas, teria sido um pretexto para que o assassino de Harriet pudesse agir sem ser percebido? Seria alguém da família? Ou melhor, havia mesmo um assassino a solta? Henrik Vanger, tio da garota, acreditava que sim. E a cada aniversário a chegada de uma nova flor emoldura como presente (o mesmo dado por Harriet) suas suspeitas só aumentavam.
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Após quarenta anos de buscas sem sinal de corpo ou provas conclusivas, o caso é arquivado. O industrial decide então contratar o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael acabara de ser condenado por difamação contra o empresário Wennerström e sua credibilidade como jornalista investigativo na revista Millennium não seria a mesma que antes. Desacreditado e sem saber que rumo tomar, ele aceita a proposta de Henrik que lhe oferece proteção para a Millennium, um bom apoio financeiro e provas contra Wennerström se, em troca, o jornalista investigar o assassinato de Harriet.
Mapa da ilha de Hedebyön (clique para ampliar) |
Não se enganem quanto ao interesse de Henrik por Mikael. O motivo disso fora uma pesquisa minuciosa sobre todo o passado do jornalista feito na Milton Security, onde Lisbeth Salander trabalha. Desde o julgamento divulgado em toda imprensa Lisbeth havia adquirido um interesse especial pelo caso Wennerström, alguma coisa naquela história não lhe caia bem. O interesse pela corrupção do empresário levou-a até Mikael Blomkvist, e quando foi chamada para investigar sua vida não encarou com nenhuma surpresa, pois no fundo o considerava um homem inocente.
"No mundo de Lisbeth Salander, era esse o estado natural das coisas. Enquanto mulher, ela era uma presa autorizada, sobretudo a partir do momento em que vestia uma jaqueta de couro preto e gasto, tinha piercings nas sobrancelhas, tatuagens e um status social nulo." p.211
Com o auxílio de Lisbeth Salander, uma mente infatigável para a busca de dados, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades da família Vanger remonta até muito antes do sumiço de Harriet. E segue até muito depois... Um presente que nenhum dos dois estava disposto a encarar.
Agressão física, abuso de poder, violência sexual daí que vem o título para "Os homens que não amavam as mulheres". Um emaranhado de histórias, numa narrativa de tirar o fôlego. A revisão do texto está excelente, não encontrei um erro sequer de ortografia. A diagramação dos capítulos facilita a leitura por contar com pausas na própria narração. Meu primeiro livro policial-mistério e me senti totalmente grato por lê-lo.
Uma das pistas mais importantes sobre o que aconteceu a Harriet. |
As imagens aqui mostradas foram extraídas do próprio livro e pus para vocês terem a dimensão quando eu me refiro a "emaranhado de histórias". O autor cria tantas teorias e pistas que faz com que desconfiemos de nossa próprio sombra. A história é narrada ora sob o ponto de vista de Lisbeth ora pelo ponto de Mikael, tudo em terceira pessoa; sempre que eu estava na companhia de um queria o outro e vice versa (
CURIOSIDADE: O tema da violência sexual contra as mulheres nos seus livros deve-se ao fato de que Larsson, enojado, testemunhou o estupro coletivo de uma jovem quando ele tinha 15 anos. O autor nunca se perdoou por não ajudar a garota, cujo nome era Lisbeth - como a jovem heroína de seus livros, e resolveu dedicá-los a ela.
FILME: Há duas versões para essa mesma história. Uma produzida em 2009 na Suécia e outra recentemente (2012) nos Estados Unidos tendo Daniel Craig (007) no papel principal.
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Olá Gisela. Eu me apaixonei pela história ao ler as primeiras páginas, o livro é imenso mais ao mesmo tempo te prende de uma forma... Pretendo ver os filmes suecos em breve, mas o que gostei dos Estados Unidos foi que (de um modo geral) foram fieis ao livro. Obrigado por aparecer por aqui e deixar sua opinião. Grande Abraço!
ResponderExcluirSou apaixonada por esta trilogia, a cada livro a história só melhora e te surpreende. Já vi os 3 filmes suecos e gostei muito. O que não gostei na versão dos Estados Unidos foi que mudaram um pouco o final.
ResponderExcluirNão sabia sobre a curiosidade que você colocou sobre o tema, achei interessante.
Abraços,
Gisela
@lerparadivertir
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