Título: Quando Nietzsche Chorou
Editora: Ediouro
Edição: 22
Ano: 2005
Páginas: 407
Tradução: Ivo Korytowski
Minha Nota:
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Este livro tem como pano de fundo o fermento intelectual da Viena do século XIX às vésperas do nascimento da psicanálise. Friedrich Nietzsche, o maior filósofo da Europa... Josef Breuer, um dos pais da psicanálise... um pacto secreto... um jovem médico interno de hospital chamado Sigmund Freud - esses elementos se combinam para criar a saga de um relacionamento imaginário entre um extraordinário paciente e um terapeuta talentoso.
ENREDO
Outubro de 1882, Josef Breuer espera ansiosamente o encontro com Lou Salomé para descobrir qual a razão de alguém buscar ajuda em plena sua viagem de descanso até Veneza, Itália. Aturdida pelo repentino desespero e negação de Friedrich quanto ao término do relacionamento entre eles, Fraulein Salomé roga a Breuer que trate o desespero suicida de Nietzsche mediante a técnica da conversa.
Lou Salomé |
Tudo isso começou a partir do momento em que Dr. Josef decidira criar uma nova técnica que colaborasse com o tratamento de sua antiga paciente, Bertha Pappenheim. Comedida com sérios problemas psicológicos, diagnosticados posteriormente como histeria. O irmão de Salomé vira um seminário apresentado pelo médico e pensou que essa poderia ser a salvação de Nietzsche.
Josef Breuer |
As descrições sobre o filósofo Friedrich despartam a curiosidade de Bruer, ainda mais quando é apresentado a dois dos livros criados por ele e enxerga grande beleza nos pensamentos e nas ideias vanguardistas. Relutante a princípio, não consegue parar de pensar na irresistível tarefa de cuidar do seu novo paciente. Mas o motivo real da consulta nunca poderá ser revelado! O mesmo não pode saber da influência de Salomé, deve apenas pensar que está sendo enviado para tratar das suas fortes enxaquecas.
Friedrich Nietzsche |
De volta da Viena, Aústria, (sua cidade de origem) o eminente médico realiza uma grande descoberta - somente encarando seus próprios demônios internos poderá começar a ajudar seu paciente. As visões de uma Bertha desnuda não lhe saem da cabeça. Mesmo tanto tempo após transmitir seus cuidados a outro médico, as lembranças da antiga e mais fiel paciente não se desvaem.
O encontro entre eles acontece, uma proposto é criada: E se os papeis se invertessem? E se, em troca dos cuidados que Nietzsche precisa, ele não ensinasse a Breuer os verdadeiros mistérios da mente? Assim, dois homens brilhantes e enigmáticos mergulham nas profundezas de suas próprias obsessões românticas e descobrem o poder redentor da amizade.
COMENTÁRIOS
Uma tríade inusitada (Imagens originais) |
Ao contrário do que você possa imaginar, o livro é narrado pela perspectiva de Josef, não de Nietzsche. Com uma vantagem: a narração é feita em 3ª pessoa, o que garante certa imparcialidade. O livro consta com 22 Capítulos, mas com pausas distribuídas entre eles que nos dá espaço ou para descansar ou para pensar a respeito da história.
Nas consultas entre Nietzsche e Bruer notamos diálogos de uma terapia psicológica, com o intuito do médico em alcançar determinado assunto ou emoção na mente do paciente. Como Nietzsche é bem articulado e filósofo, assistimos a uma “disputa”, um debate de idéias como um cabo de guerra.
Algo que deve ser destacado é que o desafeto entre Lou Salomé e Nietzsche deu-se por que, inicialmente, eles e Paul Reé viviam um relacionamento a três. Só que Friedrich não suportou a pressão em saber que ela o amava intelectualmente, não carnalmente, daí os conflitos começaram.
Freud Jovem, que é quem conhecemos no livro! |
A interação de Sigmund Freud é de grande valia para a história já que além de aluno de Josef, ele guia o médico com conselhos que o ajudam em sua terapia com Nietzsche é ele quem desvenda a interação do consciente (sonhos) com o consciente (pensamentos).
Com o passar das páginas o nosso protagonista passa a ser Nietzsche. De paciente ele passa a médico. Embora Breuer pense que está enganando e extraindo informações de Fritz, parece que ele caiu numa armadilha e os papeis se inverteram. Só então o enxergamos como mais vulnerável.
O momento em que enxergamos a perspectiva de Fritz é durante o andamento de cada consulta, onde cada um deles escreve o que acha do outro.
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CURIOSIDADES: No capítulo final (Notas do Autor), Irvin nos explica baseado em quê sua história fora criada e como os fios soltos de tantos acontecimentos foram entrelaçados. As Cartas selvagens escritas por Nietzsche a Salomé são originais!
Irvin D. Yalom (Washington, DC, Estados Unidos, 13 de Junho de 1931) é um escritor americano. Filho de imigrantes russos, formou-se em psiquiatria na Universidade de Stanford e está há 47 anos em Stanford, é ateu.
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FILME COMPLETO (DUBLADO)
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