Já faz um tempo que venho me perguntando como funciona os tramites da vida. Quando eu tinha por volta dos 13 anos ficava imaginando como seria minha vida aos 18 e em seguida aos 20. Como diria o ditado: "O tempo não perdoa ninguém". Mas qual a influência que nós mesmos temos em nossas próprias vidas? Devemos sentar e esperar que coisas boas aconteçam conosco?
Provavelmente não. Mas de alguma maneira é isso o que esperamos; esperamos que apenas o melhor nos aconteça e - quando crianças - achamos que tudo se resolverá com a maioridade. É aí que cometemos um grande engano, me arrisco a dizer que o primeiro dos muitos erros que virão pela frente.
Escrevo essas palavras não como uma velho 'reclamão', mas como alguém que quer descobrir um pouco mais de si, um pouco mais de como a vida funciona e de como, após dada a largada da fase aguda, dar o primeiro passo.
Se eu ao menos tivesse a resposta para tudo isso seria bem fácil, mas não tenho. Na realidade a descubro a cada dia, com um erro, um acerto, um jogo de cintura, uma alegria que me proporcionam e até mesmo uma mancada.
Mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza: precisamos de alguém por perto para nos dar suporte. Seja um pai, um irmão, um ente querido, enfim alguém em quem se apoiar enquanto subimos os degraus do sucesso.
Já parou para pensar que nascemos, aprendemos a falar, a andar, mas que chega um momento em que tudo regride e temos que aprender a fazer isso de novo? Não, não estou me referindo a terceira idade, mas a aprender a andar com as nossas próprias pernas, a viver por si.
Para uns é mais difícil do que outros, e fico imaginando como seria para aquelas pessoas que não tem ninguém com quem contar. Chegamos a um ponto em que tudo é indicado, passa de boca em boca; aqueles que tem muito passam a ter ainda mais, e os que não tem nada são vitoriosos por conseguirem alguma coisa.
É tão difícil conseguir as coisas com seu próprio esforço, mesmo batalhando a cada dia; sinto-me em um labirinto que se estreita ainda mais a cada distância percorrida. A verdade é que ninguém sabe o que está atrás de cada sorriso, há muita história em cada um de nós.
Mas chega um ponto em que não queremos mais esse suporte, queremos que nossos pais nos soltem para que possamos caminhar, mesmo que caiamos e nos machuquemos, queremos arriscar, queremos sonhar, queremos viver!
Como você pode imaginar esse é um pensamento inconclusivo, constantemente estamos mudando nossa história. Seja por alguém que conheçamos, até mesmo em estar no lugar e na hora certa nos auxiliará.
Chame de sorte, destino, carma, presente de Deus, o que importa é que eu acredito que nada é por acaso e que no fim das contas, vamos descobrir que tudo aquilo que passamos, seja de bom ou ruim, está entrelaçado.
Mesmo com as injustiças, as desigualdades, os favoritismos que tanto se vê, o que devemos fazer inegavelmente e incessantemente é buscar melhorar, crescer internamente e profissionalmente e, no mais, torcer para que o nosso sol brilhe o mais pronto possível.
Pois, quando chegar o ponto de ensinarmos aos nossos filhos como seguir a diante, vamos saber por onde começar. Vamos saber protegê-los e ao mesmo tempo enxergar seus avanços de longe, sem que possamos ser vistos...
Com amor,
Clóvis.
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