Versão internacional do livro |
Esse romance utópico me chamou atenção assim que foi publicado. Não por se tratar de amor, mas por abordar ele de outra forma. E se o amor fosse considerado uma doença? O que você faria se vivesse em uma terra onde pares são arranjados, garotas não se misturam com garotos e de repente se apaixonasse por alguém? Bem-vindos a Portland, cidade onde o Amor é considerado um crime.
Sinopse: Antes dos cientistas acharem uma cura, as pessoas achavam que o amor era uma coisa boa. Elas não entendiam que uma vez que o amor - o deliria - floresce em seu sangue, não há como escapar de seu domínio. As coisas são diferentes agora. Os cientistas são capazes de erradicar o amor, e os governos exigem que todo cidadão receba a cura ao completar dezoito anos. Lena Haloway sempre ansiou pelo dia em que será curada. Uma vida sem amor é uma vida sem dor: segura, calculada, previsível e feliz. Mas, a noventa e cinco dias de seu tratamento, Lena faz o impensável: ela se apaixona.
ENREDO & COMENTÁRIOS
O Livro é narrado pelo ponto de vista de Lena em uma
espécie de Diário, usando bastantes devaneios no decorrer da história para
apresentar os personagens e interagir com seu passado, nos explicando de
maneira clara o que se passa nessa nova Portland onde o amor é considerado uma
doença.
Cada capítulo se inicia ora com trechos do “Manual da
Segurança, Saúde e Felicidade” (um regulamento criado por essa nova sociedade alertando aos moradores o que pode ou não ser feito e as consequências da doença em suas vidas) ora por trechos da “Bíblia” e Cantigas criadas pelo povo. A autora brinca em
vários trechos com histórias já conhecidas por nós, contextualizando à presença
do amor deliria nervosa.
Versão Brasileira |
Gosto de livros subjetivos, reflexivos, com várias
interpretações e principalmente que me prendam. Delírio conseguiu essa proeza.
O li rapidamente, em menos de dois dias. Porém, ele chega a ser um tanto
melancólico por conter muita narração. Prefiro mais diálogos, pois deixam a história
fluir.
Outro ponto interessante é você conseguir ver o progresso de Lena no decorrer das páginas. Como ela pensava e como se transforma à medida que se apaixona por Alex, um garoto misterioso, acima dos dezoito anos (ou seja, curado) que trabalha no Centro de Tratamento da cidade.
“Seu cabelo é louro escuro, como folhas no outono bem quando elas estão mudando de cor, e seus brilhantes olhos âmbar — Descrição de Lena sobre Alex.”
Hana, a melhor amiga de Lena, é uma daquelas personagens que ganham nossa simpatia logo de cara. Embora eu tenha esperado mais dela, como um possível amor, é ela quem apresenta a sua amiga um mundo escondido dos olhos de todos, onde os contatos entre os meninos e meninas são permitidos! (Para meu deleite, há um conto em que mostra justamente isso que senti falta, encontre-o aqui: "HANA")
“É tão estranho como a vida funciona: você deseja alguma coisa e você espera e espera e sente que está levando uma eternidade para acontecer. Então acontece e acaba, e tudo que você quer é voltar atrás no momento antes das coisas mudarem – Capítulo 5”.
Confesso que ele chegou bem perto de se tornar um livro favorito e com 5 estrelas. Mas essas últimas emoções só consegui captar nos momentos finais da história. Então, fazendo um balanço geral deixo aqui 4 estrelas:
MUITO BOM |
“Posso sentir seus olhos em mim como uma quente pressão de um toque, mas estou com muito medo de olhar para ele. Estou com medo de que se eu fizer isso, eu me perca no seu olhar, esquecer todas as coisas que eu tenho a dizer – Capítulo 14”.
O texto inicia com capítulos curtos de modo a tomar a confiança do leitor, mas com o passar do tempo tornam-se maiores, contudo já estamos tão presos a narrativa que isso nem faz diferença. Obviamente essa foi uma estratégia da autora para conquistar seu público e nos "infectar" com a deliria nervosa. (Risos)
Nesse vídeo, Lauren Oliver nos conta que os livros devem ter começo, meio e fim (mesmo sendo uma saga), e que cada volume deve fechar um ciclo não deixando furos. A meu ver ela atingiu o objetivo. O final não ficou sem sentido, e sim nos deixa curiosos para o que está por vir.
Em Março deste ano a Editora Intrínseca publicou o segundo volume da trilogia, “Pandemônio”.
EM BREVE...
O que achou da premissa? Já leu ou tinha ouvido falar sobre o livro? Deixe seu comentário para discutirmos sobre o assunto!
Sou louco por esse livro, ele está na minha lista ha tempos. A capa dos EUA é linda, mas a brasileira nem se compara. Adorei o primeiro quote :)
ResponderExcluirhttp://blogsonhoselivros.blogspot.com.br/
Oi Afranio! Esse livro me conquistou de uma forma única, seria ótimo que você lesse. Tenho vários Quotes separados, mas coloquei apenas os melhores (e sem spoiler) na resenha. Que bom que gostou. =) Abraço!
ResponderExcluirSe você gosta de maior descrição e subjetividade, esse livro é uma ótima pedida para você Felipe. Longe que isso estrague com o livro, mas te submerge na história ainda mais. Obrigado por comentar!
ResponderExcluirOi Clovis
ResponderExcluirAdorei a capa americana *.* ganhei este livro de presente de aniversarionmas ainda não li , da pra acreditar. Mas sei que o livro é otimo e me foi muito bem recomendado.mas quero esperar o lançamento do proximo para começar a minha leitura
BJS
http://meupassatempoblablabla.blogspot.com.br/
Somente a Capa de Pandemônio eu prefiro a do Brasil, não sei explicar mas tenho uma quedinha pela capa americana desse livro *-*. Mentira que você ainda não leu! rsrs O ruim é que o último volume só deve sair aqui no Brasil ano que vem, mas comece mesmo assim! Abraço e obrigado por sempre aparecer por aqui. ;)
ResponderExcluirSempre tive a curiosidade de ler esse livro, embora nunca tenha dado um passo rumo à isso. Gostei da sua resenha, deu pra ver que gostou do livro, apesar dos apesares. Gosto de livros com diálogos, mas descrições me conquistam mais, mesmo que a leitura não flua com mais rapidez. De qualquer forma, parabéns pela resenha! - Felipe (A Hora do Livro)
ResponderExcluirEstou louca para ler este livro, quase comprei ele hoje. Acho a premissa bem legal e diferente, pena que cancelaram a adaptação dele para a TV, seria uma coisa bacana.
ResponderExcluirBjs, @dnisin
www.seja-cult.com